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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Alergia X Ceratocone

Sete em cada 10 pessoas com ceratocone são alérgicas. As doenças respiratórias como asma, bronquite ou rinite atingem 50% deste grupo. O hábito de coçar os olhos contribui com o enfraquecimento das fibras de colágeno da córnea que caracteriza o ceratocone.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Pacientes com glaucoma podem continuar dirigindo?

Pacientes com glaucoma podem continuar dirigindo?


Para a maioria das pessoas, dirigir representa liberdade, independência, controle e competência. A capacidade de dirigir permite que a maioria das pessoas possa ir a qualquer lugar, quando desejar... No entanto, a condução de um veículo é uma habilidade complexa. Nossa capacidade de dirigir com segurança pode ser desafiada por mudanças em nossa condição física, emocional e mental.

O glaucoma pode causar perda de visão parcial ou integral, o que pode fazer que o paciente com a doença tenha mais dificuldades para dirigir o seu automóvel. Se o glaucoma for detectado cedo e o paciente não apresentar perda significativa do seu campo visual, ele pode ser capaz de continuar dirigindo. No entanto, para manter uma condução segura e confiante, o melhor a fazer é consultar um oftalmologista para uma avaliação mais aprofundada.

Glaucoma e seu impacto na direção

O glaucoma pode causar perda de visão parcial ou cegueira total. A doença geralmente afeta a visão periférica, aquela parte da visão que lhe permite ver “com o canto do olho”.

Muitas vezes, o glaucoma afeta a visão periférica e os indivíduos podem não estar cientes desta perda de visão até uma fase mais avançada da doença, quando alterações substanciais na visão ocorrem. Assim, se o paciente tem glaucoma e dirige, pode não enxergar outros carros, ciclistas ou pedestres que estejam fora do seu campo de visão central.

Pessoas com glaucoma podem dirigir?

Muitas vezes, os pacientes com glaucoma se perguntam se eles podem continuar dirigindo. A resposta é provavelmente sim, se o glaucoma é diagnosticado cedo, e se o paciente não apresenta perda significativa em seu campo visual. Isto porque quando o diagnóstico é feito no início da doença, o oftalmologista pode tratar o glaucoma apropriadamente, retardando sua progressão.

Ou seja, visando a prevenção do glaucoma, é muito importante ir ao oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, para que um exame oftalmológico completo seja realizado. Além disso, os que possuem fatores de risco como hipertensão, diabetes e glaucoma na família devem fazer avaliações visuais, de seis em seis meses, para verificação da pressão do campo visual e do fundo do olho.

Para ter um bom prognóstico, o glaucoma depende essencialmente do diagnóstico precoce e da prevenção. A única forma segura de evitar suas conseqüências é fazer consultas periódicas com o oftalmologista, ele está preparado para medir a pressão intra-ocular, bem como examinar o nervo óptico por meio do exame de fundo de olho. Havendo suspeita de glaucoma, ele poderá solicitar exames de campo visual para verificar sua possível diminuição.

Dependendo da suspeita, o oftalmologista pode solicitar exames de imagem para auxiliar no diagnóstico. O OCT conta, hoje, com tecnologia suficiente para fornecer uma análise transversal do nervo óptico, o que é muito importante para acompanhar pacientes com hipertensão ocular e a própria progressão do glaucoma. 

A tonometria é apontada como um exame essencial também, pois é capaz de rastrear o aparecimento do glaucoma. Ao medir a pressão ocular, por meio do tonômetro, o oftalmologista pode detectar a presença de hipertensão ocular, que pode ou não ser diagnosticada como glaucoma, de acordo com alterações no campo visual e na papila óptica. Feitos com cuidado e regularidade estes exames podem auxiliar a identificar os pacientes saudáveis e os que já apresentam os primeiros sinais de danos glaucomatososos.

Glaucoma x autonomia para dirigir

Desistir de dirigir é difícil, principalmente quando o paciente com glaucoma é jovem, pois valorizamos nossa independência e queremos mantê-la o maior tempo possível. No entanto, é importante saber quando parar ou quando é necessário pedir ajuda, visando manter a própria segurança e a integridade dos demais nas ruas e estradas.

A seguir, enumeramos alguns sinais que indicam que o paciente com glaucoma deve parar de dirigir:

• Quando há perda da visão lateral: isso pode tornar mais difícil ver e reagir a tempo para evitar obstáculos na estrada, como outros veículos e pedestres;

• Quando há sensibilidade à luz: se seus olhos estão levando mais tempo para se ajustarem à luz do sol ou ao brilho dos faróis à noite;

• Quando a visão fica turva: isto pode tornar mais difícil distinguir imagens claras e de ver o movimento, como os carros que passam ou alguém atravessando a rua;

• Quando são registrados acidentes ou "quase acidentes": mesmo motoristas com visão perfeita podem sofrer acidentes. Mas se o paciente com glaucoma se envolver em colisões onde claramente a culpa é sua, é melhor reavaliar a sua capacidade de dirigir com segurança.

Por fim, é preciso ouvir um oftalmologista para se certificar que dirigir é a conduta mais apropriada. Ao decidir parar de dirigir, o paciente com glaucoma deve procurar alternativas para manter a sua independência e sua capacidade de locomoção. 

Caso o paciente não possa mais dirigir, não é preciso desistir dos seus planos. É preciso considerar outras possibilidades de locomoção, tais como fazer passeios com membros da família e amigos que dirijam ou usar o transporte público: ônibus, metrô e trem.
 
Fonte: IMO - Instituto de Moléstias Oculares

terça-feira, 14 de julho de 2015

Hemorragia Vítrea e Vitrectomia


Hemorragia vítrea
O que é?
Sangramento na parte interna e posterior do olho.
As causas mais comuns de hemorragia vítrea são: trauma ocular, retinopatia diabética, descolamento do vítreo, rotura e/ou descolamento de retina e doenças vasculares da retina que causam crescimento de vasos sanguíneos anormais (neovascularização) dentro do olho.
Como descobrir o problema?
O diagnóstico é feito através do mapeamento de retina. Na maior parte dos casos, utiliza-se o ultrassom ocular para ajudar na avaliação do quadro clínico.
Os principais sintomas de hemorragia vítrea são:
- perda visual indolor, súbita ou progressiva;
-manchas ou sombras, geralmente móveis, no campo de visão.
Como tratar a doença?
O tratamento da hemorragia vítrea depende da causa, severidade e duração do quadro clínico, podendo variar entre observação e cirurgia (vitrectomia).

Vitrectomia
A vitrectomia é a cirurgia ocular mais comumente utilizada no tratamento das doenças de retina e vítreo.
Description: http://www.eyedoctor.com.br/vitrectomia_files/stroke_3.pngDescription: http://www.eyedoctor.com.br/vitrectomia_files/stroke_5.png

Na vitrectomia, são empregados instrumentos microcirúrgicos (fontes de iluminação, vitreófago, pinças, tesouras, endolaser, etc.) com diâmetros que variam de 0,9 milímetros (20 Gauge) a 0,5 milímetros (25 Gauge).
Durante a vitrectomia, o vítreo, a substância gelatinosa que preenche o segmento posterior do olho, é removido, além dos outros passos cirúrgicos necessários em cada tipo de doença. Para substituir o vítreo removido, o segmento posterior do olho é preenchido com solução salina, ar, gás especial ou óleo de silicone, dependendo do caso em questão.
A vitrectomia é geralmente realizada como um procedimento ambulatorial (sem internação hospitalar) sob anestesia local mais sedação ou sob anestesia geral.

sábado, 11 de julho de 2015

O que é Pterígio?


Causado pelo excesso de exposição ao sol, o pterígio é um processo degenerativo da conjuntiva que pode se estender até a córnea, causando distorção da visão. Popularmente, é conhecido como 'carne no olho',  e, muitas vezes, é erroneamente classificado como ‘catarata’. No entanto, pterígio e catarata são patologias distintas.
Na maioria dos casos, o pterígio aparece no canto interno do olho e, em raras ocasiões, no canto externo. O pterígio acomete indivíduos que habitam principalmente países de clima tropical, localizados próximo à linha do Equador e que trabalham expostos ao sol. O pterígio é bastante comum no Brasil e em todos os países tropicais por causa dos raios ultravioletas. A incidência do problema é grande entre pescadores e surfistas.
Geralmente, o paciente com pterígio queixa-se de sensação de corpo estranho, ardor ocular e olhos vermelhos. Pode haver também sinais de conjuntivite crônica, espessamento da conjuntiva e sintomas de conjuntivite moderada. O diagnóstico é feito através do exame físico e complementado pelo exame biomicroscópico. O tratamento do pterígio é cirúrgico e pode ser indicado tanto por razões estéticas, quanto pela diminuição da acuidade visual.



Cirurgia de Pterígio

CIRURGIA PARA TRATAR O PTERÍGIO


Quando o crescimento do pterígio sobre a córnea ultrapassa 2,5 mm, há distorção da curvatura corneana, com repercussão sobre o erro refracional. Se negligenciado, o pterígio pode, ocasionalmente, aumentar ainda mais, encobrindo parcial ou totalmente o eixo visual.

A indicação do oftalmologista pela realização da cirurgia é feita quando há ameaça real à visão ou se esta já se encontra comprometida. Uma vez decidida a remoção do pterígio, temos optado pela técnica cirúrgica que utiliza o transplante conjuntival, que abrange a exerese de pterígio e a reconstrução com transplante de conjuntiva. Esta técnica proporciona bons resultados estéticos e taxas de recidiva muito baixas. Técnicas mais antigas, como a técnica de esclera nua, conhecida como raspagem, geram taxas de recidiva elevadas, que, quando ocorrem, são motivo de grande contrariedade para o paciente.

A cirurgia que emprega o transplante conjuntival dura cerca de 40 minutos. A anestesia do olho é feita com colírio, podendo ser também tópica e local. Após a remocão do pterígio, é retirada a conjuntiva doadora do quadrante supero-temporal, que é suturada, no leito escleral. Os pontos são causa de irritação leve até sua remoção, ao final da primeira semana. O transplante assume um aspecto natural, em cerca de 15 dias.

Para diminuir a possibilidade de recidiva do pterígio foram associadas várias alternativas terapêuticas, que se mostraram eficazes, porém apresentando um potencial para complicações, como o uso de radiação ou drogas como a mitomicina, tiotepa e 5-fluoracil, que podem levar a afinamentos corneano e escleral, necrose escleral, perfurações, retardo de epitelização e ulcerações corneanas, retrações conjuntivais e, até mesmo, ao desenvolvimento da catarata.

Nem todos os casos de pterígio podem ser operados com transplante de conjuntiva. Quando existem dois pterígios no mesmo olho, um nasal e outro temporal, quando eles são muito extensos e não existem áreas doadoras de conjuntiva sã, quando existem simbléfaro ou cicatrização conjuntival acentuada, o transplante de conjuntiva não deve ser realizado.

Casos mais difíceis e raros, como os citados anteriormente, podem ser tratados utilizando-se a membrana amniótica humana, obtida de parto cesariano. A membrana amniótica possui propriedades únicas – inclusive antimicrobiana, anti-inflamatória, anticicatricial e antiadesiva – e é considerada uma excelente opção quando não existe área doadora de conjuntiva, apresentando índices igualmente baixos de recidiva do pterígio.

Pode-se obter a membrana amniótica de qualquer parto cesariano desde que haja, comprovadamente, ausência de infecções. O mais indicado, contudo, é adquiri-la de empresa idônea, que garanta a ausência de infecções maternas, como: HIV, hepatite, sífilis e patologias sistêmicas.

Outra técnica cirúrgica de remoção do pterígio que proporciona um bom resultado estético associado a uma taxa de recidiva baixa é a rotação de retalho conjuntival. Nestes casos, a conjuntiva superior é rodada para ocupar o leito do pterígio previamente ressecado.                               
  Fonte: IMO
   

Pele contamina lente de contato.

É o que mostra recente pesquisa divulgada em New Orleans (EUA) por microbiologistas do NYU Langone Medical Center. No estudo os pesquisadores observaram que a superfície ocular dos que usavam lente de contato apresentou uma diversidade maior de bactérias, algumas comuns à pele com potencial de causar úlcera na córnea. Isso explica porque as infecções são mais frequentes entre estas pessoas.
Significa que além de limpar o estojo e lentes com solução higienizadora, as pálpebras e mãos devem ser cuidadosamente lavadas antes do manuseio.
As de descarte diário são mais seguras por serem menos manipuladas. Outra dica para evitar a contaminação dos olhos é limitar o uso por no máximo 14 horas, alternando a correção visual com óculos. Dormir com lentes pode cegar. O uso abusivo responde por 45% das complicações.

Lentes de Contato

As embalagens de lentes de contato devem incluir, informações sobre os riscos do uso. Esta é a recomendação do Ministério Público Federal – MPF à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
A falta de informação nas embalagens aumenta os riscos de infecção, ressecamento da lágrima, alergia, úlcera na córnea e até cegueira. Isso porque a venda pela internet, farmácias e ópticas sem prescrição médica induz pessoas que não são aptas a usar lentes. Para usar lente, é necessário fazer uma completa avaliação oftalmológica que inclui utilização de lentes de teste, mesmo nos casos das coloridas sem grau.
A estimativa da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato – SOBLEC é de que os olhos de 15% das pessoas com vícios de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) não têm condições fisiológicas para se adaptarem às lentes. Mesmo em quem não têm problemas de visão, a adaptação depende da curvatura e relevo da córnea, ausência de doenças oculares ou olho seco. “Por isso, desde 2009 a adaptação é considerada um procedimento médico pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, mas a população banaliza as lentes por causa do fácil acesso”.
OBS: Toda vez que pensar em adquirir lentes de contato em substituição a seus óculos de grau, consulte um oftalmologista para que todos os exames necessários sejam efetuados com o intuito de garantir sua saúde ocular.

sábado, 4 de julho de 2015

Enxaqueca Oftálmica

O que é enxaqueca oftálmica? Assista ao vídeo e fique por dentro.

https://youtu.be/cw6dydhLV4I

Teste do Olhinho

O que é?



É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não apresenta nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

Por que e quando fazer?

A criança não nasce sabendo enxergar, ela vai aprender assim como aprenderá a sorrir, falar, engatinhar e andar. Para isso, as estruturas do olho precisam estar normais, principalmente as que são transparentes. O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
Desde junho de 2010, o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório, segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Antes disso, em muitos estados e cidades o exame já era instituído por lei e realizado nas maternidades públicas e particulares, antes da alta do recém-nascido. O objetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que todas as crianças tenham esse direito garantido!
A recomendação é que o Teste do Olhinho seja realizado pelo pediatra logo que o bebê nasça. Se isso não ocorrer, o exame deve ser feito na primeira consulta de acompanhamento e continua sendo importante nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, encaminhará a criança para avaliação do oftalmologista.
Se o seu filho ainda não fez esse teste, fale com seu pediatra!
Para mais informações, acesse o site da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica.

O olho infantil

A visão se desenvolve durante a infância, alcançando a maturidade por volta dos cinco anos de idade. Por isso, é muito importante que problemas de visão sejam tratados o quanto antes. A consulta oftalmológica é uma medida preventiva importante, mas alguns sintomas podem indicar a presença de um problema oftalmológico:
  • apresentar olho torto (vesguice ou estrabismo);
  • dor de cabeça ou mal-estar durante ou após realizar um esforço visual, como ler, desenhar ou escrever;
  • franzir a testa ao olhar para longe;
  • aproximar objetos, livros ou cadernos dos olhos;
  • desinteresse por atividades que exijam boa visão ou leitura.
Resultado de imagem para kids and vision
A percepção de problemas visuais em crianças pequenas é prejudicada pela fala incipiente, mas os pais podem observar no dia-a-dia sinais que podem indicar a presença de algum problema. O lacrimejamento excessivo, por exemplo, pode indicar desde uma obstrução do canal lacrimal até um glaucoma congênito. Ao perceber alguma anormalidade, a criança deve ser levada a um oftalmologista para uma avaliação.
Outro problema importante que precisa ser corrigido ainda na infância é a ambliopia, ou “olho preguiçoso”. É uma situação na qual a visão não se desenvolve plenamente em um dos olhos, embora sua aparência seja normal. Com o passar do tempo, o cérebro ignora as imagens que vem desse olho “fraco”, de tal forma que ele perde a visão. O portador de ambliopia tem dificuldade para perceber distâncias e profundidade, além de correr riscos de cegueira total, caso venha algum dia a perder a visão de seu olho saudável. A ambliopia pode ser curada se o tratamento (que requer o uso de um tampão sobre o olho sadio, de modo que o olho “preguiçoso” seja estimulado) for realizado antes que a visão tenha atingido a maturidade. Por isso, mesmo que não apresente aparentemente nenhum problema de visão, a criança deve ser examinada por um oftalmologista em seus primeiros anos de vida.
Com o início da vida escolar, também é possível perceber a presença de problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Muitas vezes, o desinteresse pelas aulas e a dificuldade de aprendizado estão associadas à dificuldade de enxergar. É recomendável levar a criança para um novo exame oftalmológico no início da alfabetização.

Como devem ser os óculos da criança e quais os cuidados necessários?

Os óculos com grau só podem ser receitados pelo oftalmologista e recomenda-se que sejam conferidos por ele após serem produzidos. As armações devem ser, de preferência, de acrílico, por serem mais resistentes, e devem estar bem adaptadas ao rosto da criança, ou seja, confortáveis. Elas não podem estar soltas, apertando o nariz ou atrás da orelha.
As hastes que se prendem atrás da orelha são melhores para as crianças. As lentes também devem ser de acrílico, pois são mais leves. Quando o grau das lentes for elevado, recomenda-se o uso de lentes especiais que deixam os óculos mais leves e mais finos. Os óculos devem ser sempre trocados quando a armação estiver torta ou se as lentes estiverem muito riscadas.
Se houver necessidade de cobrir com tampão, evite fazê-lo na lente dos óculos. Dê preferência para colocar o tampão na pele ou na armação dos óculos. Para limpar os óculos, utilize água, sabão e um pano limpo e macio que não solte fiapos.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

A visão da adolescência

A visão na adolescência

Durante a adolescência e a puberdade, com frequência são diagnosticados problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Nessa fase, é comum a busca de correção por meio do uso de lentes de contato ou de cirurgia refrativa, como alternativa ao uso de óculos.
Pessoas entre os 13 e 20 anos também estão sujeitas ao aparecimento do ceratocone, uma doença que provoca irregularidade da córnea. Na puberdade, o ceratocone pode às vezes estar acompanhado pelo hábito de coçar excessivamente os olhos e por vezes não é percebido, pois muitos adolescentes não dão atenção ao aumento da sensibilidade à luz e à baixa da qualidade de visão, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato.
Não há cura para o ceratocone, mas os tratamentos disponíveis podem melhorar a visão, estabilizando o problema e reduzindo a deformidade da córnea. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhor é o resultado do tratamento. Por isso, adolescentes devem ser submetidos a consultas oftalmológicas, mesmo que não apresentem queixas.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

DMRI - Degeneração Macular Relacionada à Idade



Ocorre geralmente depois dos 60 anos de idade e afeta a área central da retina (mácula), que se degenerou com a idade. A DMRI acarreta baixa visão central (mancha central) dificultando principalmente a leitura.¹
Diversos fatores podem estar associados ou serem creditados como favorecedores ao aparecimento da degeneração macular. Pele clara e olhos azuis ou verdes, exposição excessiva à radiação solar, tabagismo e dieta rica em gorduras são fatores que correspondem à maior incidência de degeneração macular relacionada à idade.²
Em 90% dos pacientes acometidos é observada a forma denominada de DMRI seca ou não-exsudativa. Os 10% restantes apresentam a forma exsudativa (caracterizada pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina (Membrana Neovascular Subretiniana). A forma exsudativa é a principal responsável pela devastadora perda visual central referida à degeneração macular.²
A prevenção e o tratamento da DMRI são realizados por meio de vitaminas, antioxidantes e óculos escuros ou claros com proteção UVA e UVB. Uma dieta rica em vegetais de folhas verdes e pobre em gorduras é benéfica na prevenção à DMRI. Como já mencionado, o tabagismo aumenta a incidência da Degeneração Macular², portanto deve ser evitado.
Os danos à visão central são irreversíveis, mas a detecção precoce e os cuidados podem ajudar a controlar alguns dos efeitos da doença.
Em alguns casos é necessário a fotocoagulação por laser.
Confira abaixo um exemplo de visão com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), comparada à visão normal.

Autoavaliação da mácula

A autoavaliação da mácula é realizada através do uso da Tela de Amsler. Para isso, siga os passos a seguir.
  • Coloque os óculos para perto, caso use.
  • Feche o olho esquerdo com a palma da mão.
  • Olhe na tela com o olho direito e fixe o olhar no ponto central. Verifique se as grades estão tortas, se há mancha ou se falta uma parte da tela.
  • Repita o teste tampando o olho direito e mantendo o esquerdo aberto.
As imagens abaixo representam a visão que um portador de alteração na mácula terá da Tela de Amsler. Caso você veja algo semelhante a essas imagens, consulte seu oftalmologista.

Referências

1 - Kara-José N; Oliveira RC: Olhos. São Paulo: Contexto,2001. (Coleção Conhecer & Enfrentar).
2 - Ávila M.;Isaac DLG: Terapia Fotodinâmica em DMRI. In: Universo Visual. Disponível em: http://www.universovisual.com.br/publisher/preview.php?edicao=0203&id_mat=22

Glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico e campo visual, podendo levar à cegueira.
Na maioria dos casos, vem acompanhado de pressão intraocular elevada, mas pode ocorrer glaucoma de “baixa pressão”.

O Glaucoma pode ser:

  • congênito: presente no nascimento, os recém-nascidos apresentam globos oculares aumentados e córneas embaçadas. O tratamento é cirúrgico;
  • secundário: ocorre após cirurgia ocular, catarata avançada, uveítes, diabetes, traumas ou uso de corticoides;
  • crônico: costuma atingir pessoas acima de 35 anos de idade. Uma das causas pode ser obstrução do escoamento de um líquido que existe dentro do olho chamado humor aquoso. No glaucoma crônico, os sintomas costumam aparecer em fase avançada, isto é, o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular", que ocorre quando há grande perda do campo visual (perda irreversível). Se a doença não for tratada, pode levar à cegueira. Por isso o exame oftalmológico anual, preventivo, é fundamental para detecção e tratamento precoce. Em geral o tratamento é realizado por meio de colírios, entretanto, caso o tratamento clínico não apresente resultados satisfatórios a cirurgia torna-se uma opção.
Abaixo, note um exemplo de visão com glaucoma:

Referência

1- Kara-José N; Oliveira RC: Olhos. São Paulo: Contexto,2001. (Coleção Conhecer & Enfrentar).

Catarata

Definição e classificação

A catarata é definida como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. As alterações podem levar desde pequenas distorções visuais até a cegueira.
Inúmeros fatores de risco podem provocar ou acelerar o aparecimento de catarata, incluindo medicamentos (esteroides), substâncias tóxicas (nicotina), doenças metabólicas (diabetes mellitus, galactosemia, hipocalcemia, hipertiroidismo, doenças renais), trauma, radiações (UV, Raio X e outras), doença ocular (alta miopia, uveíte, pseudoexfoliação), cirurgia intraocular prévia (fístula antiglaucomatosa, vitrectomia posterior), infecção durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola) e fatores nutricionais (desnutrição).¹

Pode ser classificada em:

  • catarata congênita: presente ao nascimento
  • catarata secundária: aparece secundariamente, devido a fatores variados, tanto oculares (uveítes, tumores malignos intraoculares, glaucoma, descolamento de retina) como sistêmicos. No último caso, pode estar associada a traumatismos, moléstias endócrinas (diabetes mellitus, hipoparatireoidismo), causas tóxicas (corticoides tópicos e sistêmicos, cobre e ferro mióticos), exposição a radiações actínicas (infravermelho, raios X), traumatismos elétricos, entre outras².
  • catarata senil: opacidade do cristalino em consequência de alterações bioquímicas relacionadas à idade. Aproximadamente 85% das cataratas são classificadas como senis, com maior incidência na população acima de 50 anos³. Nesses casos, não é considerada uma doença, mas um processo normal de envelhecimento.

Tratamento

O tratamento clínico, como prescrição de óculos, tem efeito transitório. O tratamento farmacológico é utilizado em alguns países da Europa e por alguns oftalmologistas brasileiros, entretanto não existe efetividade comprovada. A correção cirúrgica é a única opção para recuperação da capacidade visual do portador de catarata senil².

Referências

1 - CBO. Catarata: Diagnóstico e tratamento. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2003. Clique aqui para conhecer o projeto.
2 - Souza NV. Opacificações dos meios oculares. In: Rodrigues MLV, org. Oftalmologia para alunos de graduação em medicina. Legis Summa, Ribeirão Preto, 1992. p. 61-66.
3 - Organización Mundial de la Salud. Catarata. In: OMS. Estratégias para la prevención de la ceguera em los programas nacionales. 2ª ed. OMS, Genebra, 1997,p.71-77

O idoso e a visão



O envelhecimento acarreta mudanças no organismo do indivíduo e, consequentemente, o aparecimento de algumas doenças. Entre as alterações relacionadas à idade estão as dos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Pode haver também perda da comunicação e desajuste psicossocial devido a situações específicas vivenciadas pelo idoso, como: aposentadoria, viuvez, perda de amigos, alterações na composição e na dinâmica familiar, mudança de residência e dificuldades funcionais.
O envelhecimento poderá ser tranquilo ou não, de acordo com a capacidade funcional que a pessoa conseguir manter ao chegar à terceira idade. Por isso, atitudes preventivas, como alimentação e atividades físicas, entre outras, são importantes.
As doenças mais letais são as cardiovasculares, entre elas a hipertensão e o diabetes, que podem evoluir para a insuficiência cardíaca. Segundo dados de 1997 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as doenças do aparelho circulatório são responsáveis por 39,4% dos óbitos masculinos e 36,3% dos femininos entre os idosos. Outro problema frequente é a depressão. De 25% a 33% da população idosa mundial apresenta a doença. A depressão pode tornar o idoso dependente de outras pessoas e incapacitá-lo para a realização de suas atividades diárias.
Outras doenças comuns nos idosos: derrame (acidente vascular cerebral), pneumonia, câncer, enfisema e bronquite crônica, infecção urinária, osteoporose, diabetes, osteartrose, Mal de Parkinson e Alzheimer.
Doenças oculares mais comuns nos idosos: A visão pode ser afetada em diferentes aspectos como percepção de cores, campo visual, visão noturna, visão de perto, de longe e as principais etiologias são catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

A baixa visão no idoso pode desencadear outras alterações?

Se a baixa visão compromete a autonomia do indivíduo, consequentemente prejudica sua qualidade de vida. O idoso que enxerga mal tem dificuldades nas tarefas diárias, como cozinhar, ler, assistir televisão, ir ao cinema, pegar ônibus e, os que ainda trabalham, poderão ter diminuição do rendimento.
Também aumentam os riscos de queda, atropelamento, uso trocado de medicação ou dosagem errada. Muitas vezes a baixa visão acarreta o isolamento e a depressão, afastando o indivíduo do convívio social , transformando-o de aliado em fardo frente às necessidades da família.

Referências

1 - Kara- José N; Bicas HEA; Carvalho RS. Cirurgia de Catarata: do histórico às necessidades sociais.
2 - Bialy, L et al. Resgatando trajetórias de vida de idosos renais crônicos.Cogitare Enferm. Curitiba, 1999.
3 - Guia Serasa de Orientação ao cidadão: Disponível em: http://www.serasa.com.br/guiaidoso/18.htm (16/07/07)
4 - Almeida T. O conceito de velhice. Disponível em: Portal Brasil Medicina.com: http://www.brasilmedicina.com.br/noticias/pgnoticias_det.asp?AreaSelect=3&Codigo=1248 (12/7/07)
5 - Vieira DF. A velhice nos tempos atuais. Disponível em: Portal do envelhecimento: http://www.revistapsicologia.com.br/materias/abordagens/m_abordagens_velhice.htm (16/07/07)
6 - Cypel M. Envelhecimento, senescência, senilidade. Revista Universo Visual, Nov. de 2006. Disponível em: http://www.universovisual.com.br/publisher/preview.php?edicao=1106&id_mat=1374 (12/07/07)

Curiosidades


Como deve ser a postura da pessoa na frente do computador?

O ideal é a tela do computador ficar na altura da linha dos olhos ou um pouco abaixo, nunca acima! A cadeira ideal é aquela que proporciona maior conforto, mas seu corpo não deve ficar encurvado para a frente, pois isso pode causar pressão na nuca e dor de cabeça após horas de permanência nessa posição.


Por que meus olhos ardem quando fico na frente do computador durante algumas horas?

Quando você está prestando muita atenção em alguma atividade, ocorre uma diminuição da frequência de piscar e isso acarreta ardor e desconforto visual. Por isso, nunca se esqueça de piscar mais quando estiver usando o computador, ou no cinema ou assistindo a um vídeo na TV.


Ler com pouca luz pode enfraquecer a visão?

Não, pode cansar ou dificultar a leitura, mas não enfraquece a visão.


Usar óculos vicia?

O uso dos óculos não vicia! Quando a criança enxerga pouco para longe ou força os olhos para ver de perto, o óculos possibilita que veja bem e estude sem desconforto ou dor de cabeça. Quem enxerga pouco o que está longe pode ter miopia; quem tem desconforto ao forçar os olhos para ver de perto provavelmente tem hipermetropia; o astigmatismo é a dificuldade para ver de perto e de longe.

Uso correto de colírios

Os colírios são medicamentos prescritos pelo oftalmologista e não devem ser usados sem orientação médica. O uso impróprio pode causar problemas problemas oculares mais graves como, por exemplo, úlceras e perda acentuada da visão. Se seu médico receitar o uso de colírios, você deve estar atento às orientações abaixo.


  • Lave as mãoes antes e depois de aplicar qualquer medicamento nos olhos.
  • As instruções do oftalmologista quanto ao uso do medicamento, como dosagem, número de aplicações e agitação do produto antes da aplicação, por exemplo, devem ser rigorosamente seguidas.
  • Se você usa lentes de contato, retire-as antes de aplicar o produto e recoloque-as dez minutos depois da aplicação.
  • Pingue somente uma gota de colírio de cada vez.
  • Não encoste o aplicador nos olhos para evitar contaminação.
  • Não divida seu frasco de colírio com outra pessoa: cada um deve ser de uso individual.
  • Caso o oftalmologista tenha prescrito mais de um colírio, deve-se aguardar cerca de 15 minutos entre as aplicações.
  • Relate ao oftalmologista qualquer incômodo relativo ao uso do colírio, como ardência, vermelhidão ou irritação. Em alguns casos, será necessária uma nova prescrição.


    Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Cisco e irritação

O que fazer caso entre um cisco no olho?



Poeira, ciscos e estilhaços podem entrar nos olhos e causar desde uma irritação até uma lesão permanente, em função da velocidade com que o corpo estranho chega até o olho, do tipo de substância e também do ponto em que ele se localiza no globo ocular. Viajar em alta velocidade de moto ou bicicleta e trabalhar em linha de produção industrial ou na construção civil, são situações de risco para acidentes oculares por corpo estranho. O uso de óculos protetores é fundamental em tais atividades.
Se o cisco estiver em cima da parte colorida do olho, não se deve mexer. Procure imediatamente atendimento médico. Já quando for um simples cisco na pálpebra inferior, poderá ser retirado cuidadosamente com um cotonete, ou a ponta de um lenço limpo.

O que devo fazer em caso de irritação após piscina, praia, banho de rio, exposição ao vento ou sol?

Caso os olhos fiquem vermelhos após essas atividades, faça compressas com um pano limpo ou algodão - embebido em água fria - sobre os olhos fechados. Não use água gelada! Usar boné ou óculos escuros também ajuda a proteger os olhos do sol.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Evitando Acidentes

Quando se trata de acidentes com os olhos, o melhor remédio é a prevenção, pois algumas lesões podem causar desde a perda da qualidade da visão até a cegueira irreversível. O descuido com objetos pontiagudos, a falta do uso de equipamentos de proteção em ambientes de trabalho e o desconhecimento do perigo que alguns produtos químicos representam causam diversos acidentes com os olhos.
Quando esses acidentes ocorrem, é importante saber que medidas devem ser tomadas e procurar com urgência por atendimento oftalmológico, pois apenas uma avaliação médica pode dimensionar a lesão e evitar complicações no futuro.
 

Como evitar acidentes com os olhos

Cozinhando

Quando estiver cozinhando, deixe sempre o cabo da panela virado para dentro do fogão para evitar que ela vire em função de algum esbarrão. Mantenha a penela sempre tampada, pois o líquido quente pode respingar e causar queimaduras nos olhos.

Produtos de limpeza

Mantenha produtos de limpeza longe do alcance das crianças. Evite guardá-los nas prateleiras mais baixas de armários ou sob a pia. Eles podem causar queimaduras químicas se acidentalmente entrarem em contato com os olhos. O mesmo se aplica a medicamentos, que não podem ser aplicados nos olhos sem prescrição médica ou em doses diferentes do que foi recomendado.

Objetos e crianças

Não permita que crianças brinquem com objetos pontiagudos, como facas, garfos e tesouras com pontas, pois eles representam risco de perfuração ocular.

Plantas

Cuidado com as plantas pontiagudas e espinhosas, que podem ferir os olhos. As que soltam líquido leitoso podem causar irritação se atingirem os olhos.

Cigarro

Não fume próximo a crianças pequenas. Ao pegá-las no colo ou ao movimentar o braço elas podem sofrer queimadura ocular.

Animais

Oriente as crianças sobre o cuidado em suas brincadeiras com animais (eles podem bicar, arranhar ou morder a região os olhos) e ainda a lavar bem as mãos após suas brincadeiras. As fezes de alguns animais (principalmente gatos e aves) podem transmitir toxoplasmose, doença que provoca inflamação nos olhos.

Esportes aquáticos

Ao praticar esportes aquáticos, use óculos de proteção: os germes e os produtos químicos presentes na água podem causar irritações e inflamações nos olhos.

Coçar os olhos

O hábito de coçar os olhos pode facilitar o aparecimento de infecções e desencadear doenças nos olhos, por isso evite coçá-los repeditamente e oriente as crianças sobre isso.

No carro

Crianças de até 10 anos devem ser conduzidas sempre no banco traseiro. Pessoas de qualquer idade devem usar sempre o cinto de segurança: ele é capaz de evitar perfurações nos olhos, em caso de acidente.

No trabalho

Os acidentes com os olhos nos locais de trabalho são basicamente ocasionados por falta de proteção eficiente, iluminação ou ventilação inadequadas e imprudência no manuseio de equipamentos ou materiais com potencial de risco para os olhos. Alguns ambientes de trabalho (como linhas de produção industriais e construção civil) representam um risco de ocorrência de trauma ocular. Previna-se de acidentes usando equipamento de proteção adequado à sua atividade e não expondo seus olhos às ameaças encontradas em seu ambiente de trabalho.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Ceratocone

O que é ceratocone? Quais as opções de tratamento ?
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Hoje em dia, há tantas opções de tratamento do ceratocone que até parece surgir uma nova especialidade. A doença é resultado de uma alteração das fibras de colágeno que, progressivamente, faz com que a córnea adquira formato cônico e irregular, resultando em consequente progressão da miopia e do astigmatismo. De acordo com a National Keratoconus Foundation, nos Estados Unidos, a causa exata da doença ainda é desconhecida. Sabe-se que a genética, o ambiente (alergias, coceiras nos olhos, estresse oxidativo) e fatores hormonais desempenham um papel fundamental para o aparecimento do problema. Tanto que é muito comum durante a puberdade e pode progredir durante a gravidez. Mas também o uso incorreto de lentes de contato – bem como lentes que não transmitem oxigênio adequadamente – pode provocar ceratocone.
Visão embaçada é, geralmente, o sintoma que mais leva o paciente a recorrer a um especialista neste caso. O que, em princípio, parece um astigmatismo elevado, pode se transformar num diagnóstico de ceratocone depois de o paciente ser submetido a uma topografia corneana – exame realizado na fase inicial da doença. Em muitos casos, a doença permanece na fase mais simples, sendo tratada com o uso de óculos de grau.
Globalmente, o ceratocone atinge uma em cada duas mil pessoas, sendo que a forma mais grave pode resultar na perda da visão – exigindo transplante de córnea. Por isso, essa doença ocular preocupa tanto os médicos oftalmologistas, sendo de fundamental importância o diagnóstico precoce para interromper sua progressão e permitir um tratamento mais bem-sucedido.
Tratamentos dependem da gravidade da doença
Em resumo, há cinco fases distintas de tratamento da doença: inicial (que começa com óculos e lentes de contato), moderado e estável, moderado em evolução, avançado e avançado com opacidades (que exige transplante de córnea). Vale a pena conhecer um pouco mais do que cada tecnologia e tratamento oferecem.
Lentes de contato
Tão logo seja diagnosticada a doença, o tratamento pode ser realizado com o uso de lentes de contato ou de óculos. As lentes mais modernas oferecem melhor resultado. A híbrida tem a parte central mais rígida e a periférica gelatinosa. Já as lentes esclerais dão um resultado ainda melhor. Por terem um diâmetro grande, elas se apoiam na parte branca do olho, a esclera, oferecendo mais conforto e segurança.
Lentes intraoculares fácicas
Quando, além do ceratocone, o paciente também tem alto grau de miopia, ele pode se beneficiar muito das lentes intraoculares fácicas. Elas são implantadas no interior dos olhos e podem corrigir até 20 dioptrias (grau). Geralmente essas lentes proporcionam excelente melhora da visão a distância sem necessidade de óculos de grau ou lentes de contato. Há estudos demonstrando que praticamente 80% dos pacientes nunca mais usaram os óculos de grau mesmo tendo passado três anos após a cirurgia nos dois olhos. Alguns poucos pacientes continuaram usando óculos após a cirurgia apenas para ler.
Anéis intracorneanos
Numa fase intermediária, os anéis intracorneanos são indicados para restaurar a asfericidade da córnea, ou seja, para o seu aplainamento. Eles podem melhorar a tolerância às lentes de contato e adiar uma cirurgia. A técnica envolve a inserção de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea. Além da aprovação do FDA (Estados Unidos), recentemente o procedimento foi incluído pela ANVISA nos itens obrigatórios de correção por planos de saúde no Brasil.
Cross linking de colágeno
Dado que o ceratocone é uma alteração nas fibras de colágeno, o cross linking se resume à aplicação de uma vitamina chamada riboflavina (B2) na córnea que, quando exposta à luz ultravioleta a cada cinco minutos durante um total de 30 minutos, estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. A técnica não só endurece a parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como em alguns casos proporciona melhor visão. Trata-se de uma alternativa segura e que tem resultado em importantes benefícios para os pacientes. Mais de 100 artigos revisados de várias partes do mundo demonstraram que a efetividade do cross linking gira em torno de 93%.
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Método CAP – Contour Ablation Pattern
Com esse tratamento personalizado, o cirurgião utiliza o laser Excimer precisamente controlado para esculpir a córnea e atingir o resultado ideal. Pacientes com mais de 30 anos de idade, visão estável e córneas com espessura suficiente podem se beneficiar muito do método CAP, obtendo resultados muito parecidos com a cirurgia a laser PRK (fazendo uso de óculos). Normalmente, o cross linking é associado a essa modalidade.
Transplante de córnea
O transplante de córnea é uma opção a ser considerada nos estágios mais avançados de ceratocone. Os resultados têm apresentado uma taxa de sucesso superior a 97%. O paciente pode realizar uma cirurgia a laser (LASIK ou PRK) logo após o transplante e ficar menos dependente de óculos ou lentes de contato.
Ceratoplastia lamelar profunda (DALK
Neste caso, o transplante é realizado tomando-se o cuidado de preservar a camada interior da córnea – chamada de endotélio. Essa técnica tem se destacado por reduzir os casos de rejeição. Havendo qualquer embaçamento da visão depois do transplante, o paciente deve procurar seu médico imediatamente, porque, ainda que haja rejeição, se ela for imediatamente tratada, o paciente recupera 100% da visão.
Laser de femtossegundo
O uso do laser de femtossegundo, que utiliza pulsos de luz no lugar das lâminas de corte, vem surpreendendo tanto a classe médica quanto os pacientes, proporcionando uma cirurgia muito mais precisa e segura, além de garantir uma recuperação mais rápida para os pacientes. Essa tecnologia vem sendo bastante valorizada pelos portadores de ceratocone que desejam melhorar a visão com ou sem lentes de contato. Seu uso também já foi aprovado na realização de transplante de córnea (também conhecido como IEK). Trata-se de um dos maiores avanços na cirurgia de córnea nos últimos 30 anos.
Fonte: revista Universo Visual.
Autor: Renato Augusto Neves, doutorado na Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM); pós-doutorado em Imunologia e Clinical Fellow em Córnea e Catarata na Harvard Medical School e no Massachusetts Institute of Technology (MIT); criou o Eye Care Hospital de Olhos (www.eyecare.com.br) e a Fundação Eye Care (que dá assistência oftalmológica gratuita a brasileiros carentes)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Atividades ao ar livre podem reduzir risco de miopia.

Se não havia uma razão para tirar seus filhos da frente da TV ou do computador, os cientistas americanos apresentaram uma bem convincente. Crianças que não fazem atividades fora de casa tem maior chance de desenvolverem miopia antes da fase adulta.
Uma série de estudos associou o tempo de atividade ao ar livre com a miopia em crianças e adolescentes. A pesquisa envolveu 10.400 participantes e indicou que as crianças míopes gastaram em média de 3,7 horas a menos por semana em atividades ao ar livre do que as crianças que tinham a visão normal.
Os resultados foram apresentados durante a reunião do 115º Encontro Anual da Academia Americana de Oftalmologia. Segundo o estudo, para cada hora adicional que uma criança passa ao ar livre por semana, o risco de miopia em desenvolvimento diminuiu em cerca de 2%.
Os cientistas acreditam que aumento da exposição de luz natural bem como observar objetos distantes – que as crianças fazem mais fora do que dentro de casa – podem desenvolver um grande papel na redução ou inexistência da miopia em crianças. Pesquisadores mais radicais acreditam que crianças menores de 02 anos devem evitar assistir TV.
A miopia é a causa mais comum de deficiência visual em todo o mundo. De acordo com o National Institute of Health, o índice de míopes mirins aumentou consideravelmente nas últimas décadas, especialmente em países do leste asiático, como China, Japão e Cingapura.


terça-feira, 23 de junho de 2015

Catarata e DMRI são comuns na terceira idade.

Com o passar dos anos, as estruturas dos nossos olhos também envelhecem, e com isso podem aparecer alterações visuais, ocasionando esforço visual intenso, baixa na qualidade da visão, dores de cabeça, sonolência e falta de concentração. Na terceira idade também é muito comum que as pessoas desenvolvam doenças como: catarata, principal causa de cegueira reversível no mundo, que ocorre devido à opacificação do cristalino (lente natural dos olhos), e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), doença ocular que afeta a área central da retina (mácula), fazendo com que haja a perda progressiva da visão.

É na idade adulta que surge a presbiopia.

Por volta dos 40 anos, torna-se essencial a medição anual da pressão intraocular, principalmente em caso de história familiar de glaucoma, e a avaliação de fundo de olho a fim de identificar danos que doenças como o diabetes podem causar à visão. Além disso, é muito comum o aparecimento da presbiopia ou “vista cansada”, doença ocular caracterizada pela condição em que a lente do olho perde a sua capacidade de focar objetos de perto, sendo necessário para correção o uso de lentes para visão de curta distância.

Ceratocone tem maior incidência na puberdade.

Durante a pré-adolescência e antes da fase adulta, entre os 13 e 20 anos de idade, as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento de ceratocone, doença que acomete uma a cada duas mil pessoas e provoca irregularidade da córnea que, às vezes, vem acompanhado pelo hábito de coçar excessivamente os olhos. Nessa fase, também é muito comum o uso em excesso de aparelhos eletrônicos que podem causar danos à visão,como: Síndrome da Visão do Computador (CVS) e o agravamento da miopia e da hipermetropia. Dores de cabeça, olhos vermelhos, olho seco, coceira e problemas de focagem após estudar, assistir à televisão ou usar o computador podem ser sintomas de doenças oculares.

Cuidado com os olhos durante as festas juninas !

Fogueiras, fogos de artifício e os estalinhos costumam causar problemas aos olhos, desde alergias, queimaduras e, até mesmo em casos mais extremos, perda de visão. Os fragmentos e faíscas liberados durante as explosões podem atingir o globo ocular e levar a transtornos visuais e comprometer a visão. Principalmente no caso das crianças o cuidado deve ser redobrado. Os estalinhos, por exemplo, muitas vezes são lançados na parede e até mesmo em outras crianças e os resíduos podem atingir os olhos causando lesões na córnea.
Já as “inofensivas” fogueiras também devem ser vistas com cuidado, já que suas cinzas e as brasas podem ocasionar queimaduras nos olhos e até mesmo cegueira. A fumaça pode desencadear quadros de conjuntivite alérgica ou edema de pálpebra. Ardor, desconforto e lacrimejamento são sinais de agressão à visão e devem ser levados em consideração. Muitas pessoas que, depois de horas expostas a essas condições, queixam-se de ressecamento e baixa de visão. Por isso, da importância de se manter numa distância segura e evitar ambientes com muita fumaça por longos períodos.
Em casos de incidentes com fagulhas ou objetos que atinjam os olhos, a recomendação é isolar a área afetada e procurar um oftalmologista o mais rápido possível. Pomadas ou outras substâncias não devem ser utilizadas sobre as lesões. A automedicação é muito perigosa. Por isso, caso a pessoa venha sofrer algum acidente ou sentir desconforto, deve procurar um especialista para avaliar a situação e prescrever o tratamento adequado.
Fonte: Jornal de Brasília

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Check Oftalmológico - 3 a 12 anos

Problemas de refração podem surgir com o início da vida escolar
É durante a infância que a visão se desenvolve, atingindo sua maturidade por volta dos cinco anos de idade. Nessa fase, algumas crianças podem apresentam problemas como estrabismo, ambliopia (“olho preguiçoso”) e ptose (pálpebra caída) que podem ser reversíveis se tratados o quanto precocemente.
Além disso, com o início da vida escolar podem surgir doenças oculares que influenciam no aprendizado da criança, causando baixo rendimento. Conhecidos como “grau”, os erros refrativos são a causa mais comum de deficiência visual na infância, nestes se incluem a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O olho infantil.

A visão se desenvolve durante a infância, alcançando a maturidade por volta dos cinco anos de idade. Por isso, é muito importante que problemas de visão sejam tratados o quanto antes. A consulta oftalmológica é uma medida preventiva importante, mas alguns sintomas podem indicar a presença de um problema oftalmológico:
  • apresentar olho torto (vesguice ou estrabismo);
  • dor de cabeça ou mal-estar durante ou após realizar um esforço visual, como ler, desenhar ou escrever;
  • franzir a testa ao olhar para longe;
  • aproximar objetos, livros ou cadernos dos olhos;
  • desinteresse por atividades que exijam boa visão ou leitura.
A percepção de problemas visuais em crianças pequenas é prejudicada pela fala incipiente, mas os pais podem observar no dia-a-dia sinais que podem indicar a presença de algum problema. O lacrimejamento excessivo, por exemplo, pode indicar desde uma obstrução do canal lacrimal até um glaucoma congênito. Ao perceber alguma anormalidade, a criança deve ser levada a um oftalmologista para uma avaliação.
Outro problema importante que precisa ser corrigido ainda na infância é a ambliopia, ou “olho preguiçoso”. É uma situação na qual a visão não se desenvolve plenamente em um dos olhos, embora sua aparência seja normal. Com o passar do tempo, o cérebro ignora as imagens que vem desse olho “fraco”, de tal forma que ele perde a visão. O portador de ambliopia tem dificuldade para perceber distâncias e profundidade, além de correr riscos de cegueira total, caso venha algum dia a perder a visão de seu olho saudável. A ambliopia pode ser curada se o tratamento (que requer o uso de um tampão sobre o olho sadio, de modo que o olho “preguiçoso” seja estimulado) for realizado antes que a visão tenha atingido a maturidade. Por isso, mesmo que não apresente aparentemente nenhum problema de visão, a criança deve ser examinada por um oftalmologista em seus primeiros anos de vida.
Com o início da vida escolar, também é possível perceber a presença de problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Muitas vezes, o desinteresse pelas aulas e a dificuldade de aprendizado estão associadas à dificuldade de enxergar. É recomendável levar a criança para um novo exame oftalmológico no início da alfabetização.

Como devem ser os óculos da criança e quais os cuidados necessários?

Os óculos com grau só podem ser receitados pelo oftalmologista e recomenda-se que sejam conferidos por ele após serem produzidos. As armações devem ser, de preferência, de acrílico, por serem mais resistentes, e devem estar bem adaptadas ao rosto da criança, ou seja, confortáveis. Elas não podem estar soltas, apertando o nariz ou atrás da orelha.
As hastes que se prendem atrás da orelha são melhores para as crianças. As lentes também devem ser de acrílico, pois são mais leves. Quando o grau das lentes for elevado, recomenda-se o uso de lentes especiais que deixam os óculos mais leves e mais finos. Os óculos devem ser sempre trocados quando a armação estiver torta ou se as lentes estiverem muito riscadas.
Se houver necessidade de cobrir com tampão, evite fazê-lo na lente dos óculos. Dê preferência para colocar o tampão na pele ou na armação dos óculos. Para limpar os óculos, utilize água, sabão e um pano limpo e macio que não solte fiapos.

Fonte : Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Cuidados com o bebê

Antes do nascimento

O acompanhamento pré-natal é capaz de evitar o comprometimento da visão do bebê que irá nascer. Algumas doenças, como a rubéola e a toxoplasmose, podem causar cegueira e problemas neurológicos na criança.

O bebê já nasce enxergando?

Não, o recém-nascido apenas percebe luz e vultos, os quais ainda não sabe interpretar. Assim como ele não sabe falar e andar, também não sabe ver. Com o passar dos meses, se estiver tudo em ordem com seus olhos, irá desenvolvendo progressivamente sua visão. Próximo aos cinco anos de idade, na maioria das crianças, a visão será igual a do adulto.
Qualquer doença ocular ao nascimento, como a catarata congênita e o glaucoma congênito, pode prejudicar totalmente este desenvolvimento. O teste do reflexo vermelho, também chamado de “teste do olhinho”, deve ser realizado ainda na maternidade. Ele é capaz de detectar essas e outras doenças, às vezes gravíssimas, como o retinoblastoma (um tipo de câncer ocular) precocemente.

Oftalmia neonatal, obstrução do canal lacrimal e outras alterações

A oftalmia neonatal é uma conjuntivite que afeta crianças menores de 28 dias de nascimento. Ela é causada pela infecção durante o parto, em virtude do contato da criança com as secreções genitais da mãe, combinada com a falta de cuidados no momento do nascimento. Para evitar a contaminação, ainda na sala de parto, profissionais de saúde aplicam gotas de nitrato nos olhos da criança.
O bebê, em seus primeiros dias de vida, também pode apresentar olhos muito vermelhos e lacrimejantes, causados pela obstrução do canal lacrimal (dacriocistite). Se isso ocorrer, ele deve ser examinado por um oftalmologista, que poderá indicar o tratamento correto.
Também deve ser levado com urgência ao médico oftalmologista o bebê que, ao nascer, tiver mancha branca na menina dos olhos, olhos anormalmente grandes, ou ainda que não suportem claridade.

Como limpar os olhos do bebê?

Para limpar os olhos do bebê, deve-se utilizar gaze ou pano limpo molhado em água filtrada e previamente fervida. Fazer movimentos delicados sem apertar os olhos.

Fonte: CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Teste do Olhinho

O que é?

É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não apresenta nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

Por que e quando fazer?

A criança não nasce sabendo enxergar, ela vai aprender assim como aprenderá a sorrir, falar, engatinhar e andar. Para isso, as estruturas do olho precisam estar normais, principalmente as que são transparentes. O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
Desde junho de 2010, o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório, segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Antes disso, em muitos estados e cidades o exame já era instituído por lei e realizado nas maternidades públicas e particulares, antes da alta do recém-nascido. O objetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que todas as crianças tenham esse direito garantido!
A recomendação é que o Teste do Olhinho seja realizado pelo pediatra logo que o bebê nasça. Se isso não ocorrer, o exame deve ser feito na primeira consulta de acompanhamento e continua sendo importante nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, encaminhará a criança para avaliação do oftalmologista.
Se o seu filho ainda não fez esse teste, fale com seu pediatra!
Para mais informações, acesse o site da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica.

Férias chegando - hora do check up oftalmológico.



Muita gente aproveita as férias para realizar um check-up em sua saúde. Realizam inúmeros exames de rotina no coração, nos ossos, na cabeça, mas acabam se esquecendo de checar a visão. A época de férias, é uma boa hora para incluir na
agenda um horário para o seu oftalmologista.
O check-up ocular é uma avaliação clínica oftalmológica que permite através de exames, como fundo de olho e aferição da pressão ocular, analisar as condições visuais do indivíduo, detectando possíveis doenças em fase assintomática e prevenindo para que problemas oculares graves não ocorram.
Independente da faixa etária, os cuidados com a saúde ocular e o
atendimento por um oftalmologista são importantes para proteger a visão, e, por isso, é fundamental que sejam realizados periodicamente. Fique atento aos problemas visuais que podem ocorrer em cada fase da vida e procure um especialista para orientar sobre a melhor medida preventiva ou sobre o tratamento mais indicado para você e sua família. 

Esta semana abordaremos o check up por faixa etária.

Os cuidados começam cedo. 0 a 2 anos:

Durante a gestação, a mãe deve se prevenir por meio de vacinas contra doenças como a rubéola e a toxoplasmose, que podem causar cegueira e problemas neurológicos na criança. Assim que nasce, ainda na maternidade, é realizada a primeira avaliação oftalmológica, por meio do teste do olhinho, capaz

de detectar, entre outros problemas, catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. Caso o bebê apresente lacrimejamento constante, pálpebras inchadas, secreção purulenta, olho vermelho, estrabismo, pupila esbranquiçada e assimetria entre o tamanho dos globos oculares, deverá ser realizada uma segunda avaliação o mais breve possível.

Amanhã check up dos 3 aos 12 anos.