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terça-feira, 3 de abril de 2018

COMO PREVENIR O GLAUCOMA

COMO PREVENIR O GLAUCOMA

Como prevenir o glaucoma
15/05/2017

Infelizmente, ainda não há como prevenir o glaucoma. No entanto, para evitar a perda da visão causada pelo glaucoma é imprescindível realizar o diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Para isto, devem ser realizados:1-2
  • Consultas frequentes ao oftalmologista;
  • Uso correto das medicações com adesão ao tratamento exatamente como prescrito pelo médico.

Referências
1. Glaucoma Research Foundation. Managing your glaucoma. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/managing-your-glaucoma-a-long-and-winding-road.php Acesso em novembro de 2016.
2. Glaucoma Research Foundation. What can I do to prevent glaucoma? Disponível em: http://www.glaucoma.org/gleams/what-can-i-do-to-prevent-glaucoma.php Acesso em novembro de 2016.

O DIA A DIA COM GLAUCOMA

O DIA A DIA COM GLAUCOMA

O dia a dia com glaucoma


Alguns pacientes com glaucoma apresentam perda significativa da visão, o que dificulta algumas atividades diárias. Com a ajuda de um especialista em baixa visão (oftalmologista), você pode aprender novas habilidades para compensar sua visão limitada, como usar lupas para ajudar com tarefas comuns e obter dicas sobre como mudar seu ambiente.
  • No trabalho. A boa comunicação com seu empregador ou supervisor é uma obrigação. Deve-se esclarecer sobre a doença, em qual estágio se encontra e quaisquer necessidades adaptativas necessárias para garantir que as acomodações adequadas sejam realizadas.1
  • Segurança em casa. Os ambientes domésticos podem ser modificados para torná-los mais seguros. Deve-se identificar locais que oferecem riscos para quedas e ferimentos, como escadas sem corrimãos ou iluminação inadequada. Os tapetes podem ser removidos ou protegidos com apoio antiderrapante, e os pacientes podem se beneficiar de barras de apoio ou cadeiras de chuveiro no banheiro.2,3
  • Dirigindo. O glaucoma pode causar uma série de problemas de visão, tais como perda de sensibilidade ao contraste, problemas com brilho e sensibilidade à luz. Algumas lentes coloridas podem ser utilizadas para bloquear o brilho das luzes fluorescentes. No entanto, todos devem experimentar para ver o que funciona melhor em circunstâncias diferentes (dias mais claros ou dias nublados). Pergunte ao seu oftalmologista para obter mais informações sobre as lentes. Se você estiver tendo problemas para dirigir, mantenha-se seguro e peça a um amigo ou familiar para ser o motorista.4,5
  • No avião. As pessoas com glaucoma geralmente podem voar sem qualquer problema. As cabines em aviões têm uma pressão atmosférica controlada, o que compensa a queda na pressão quando o avião atinge altitudes mais altas. No entanto, pacientes com glaucoma com problemas avançados que voam com frequência devem consultar o oftalmologista.5
  • Aspectos emocionais. Além de cuidar da sua saúde física, é igualmente importante prestar atenção nos aspectos emocionais e psicológicos de ter esta doença. Compartilhar sentimentos sobre viver com uma condição de saúde crônica pode ser útil e reconfortante.6

Referências
1. Glaucoma Research Foundation. Glaucoma in the workplace. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/glaucoma-in-the-workplace.php Acesso em novembro de 2016.
2. Glaucoma Research Foundation. Getting help if you have low vision. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/getting-help-if-you-have-low-vision.php Acesso em novembro de 2016.
3. The Discovery Eye Foundation. 7 tips for living with glaucoma. Disponível em: http://discoveryeye.org/7-tips-for-living-with-glaucoma/ Acesso em novembro de 2016.
4. International Glaucoma Association. Driving and glaucoma. Disponível em: http://www.glaucoma-association.com/about-glaucoma/living-with-glaucoma/driving-and-glaucoma Acesso em novembro de 2016.
5. Glaucoma Research Foundation. Glaucoma and driving. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/glaucoma-and-driving.php Acesso em novembro de 2016.
6. Glaucoma Research Foundation. Daily life with Glaucoma. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/daily-life.php Acesso em novembro de 2016.

DICAS PARA CONVIVER MELHOR COM O GLAUCOMA


DICAS PARA CONVIVER MELHOR COM O GLAUCOMA

Dicas para conviver melhor com o glaucoma
15/05/2017

Não deixe o glaucoma limitar sua vida! Ao fazer escolhas saudáveis e manter o tratamento do glaucoma como prescrito, é possível estabelecer uma rotina de saúde que te dê liberdade para fazer suas tarefas e aproveitar a vida normalmente! Separamos aqui algumas dicas úteis para conviver com a doença da melhor forma possível!
Exercícios
Realizar exercício físico pode diminuir a pressão intraocular. No entanto, esta redução da pressão intraocular só é efetiva se a prática de exercícios for realizada com regularidade. Algumas posições de ioga e outros exercícios que envolvem posições de cabeça para baixo podem aumentar a pressão intraocular e ser prejudiciais para o prognóstico da doença. A prática do mergulho também pode aumentar a pressão intraocular. É importante dizer também que os exercícios físicos não têm efeito algum sobre o glaucoma de ângulo fechado, e que ainda podem aumentar a pressão intraocular em pacientes com glaucoma pigmentar. Portanto, é fundamental que o paciente com diagnóstico de glaucoma converse com o médico sobre o programa de exercícios mais adequado.1,2 
Dieta
Um estilo de vida saudável, consistindo de nutrição equilibrada, é uma parte importante da saúde e bem-estar geral e também pode ajudar a prevenir muitas doenças. Estudos recentes sugerem que uma dieta que inclua frutas, legumes e verduras pode diminuir o risco do aparecimento do glaucoma.
As frutas, verduras e legumes são fontes naturais de vitaminas como as C, E, A; minerais como o zinco; e de antioxidantes como a luteína e a zeaxantina, que podem trazer benefícios para a saúde ocular. Como o estresse oxidativo está associado a danos ao nervo óptico no glaucoma, os antioxidantes presentes nos alimentos podem ajudar a prevenir novas lesões.3,4
Entre os alimentos fontes de nutrientes para uma visão saudável estão: couve, repolho, espinafre, couve-de-bruxelas, aipo, abóbora, cenoura, pêssego, rabanetes, feijão-verde e beterraba.
Embora uma nutrição equilibrada desempenhe um papel na prevenção de doenças e da saúde em geral, não é um tratamento para o glaucoma. É importante discutir com seu oftalmologista sobre a sua dieta e o tratamento medicamentoso. A aposta mais segura é sempre consumir uma dieta saudável e bem equilibrada e conversar com seu médico sobre o que é melhor para você.3,4
Óculos de sol
O glaucoma pode deixar os olhos mais sensíveis à luz e ao brilho do sol, e o uso de alguns medicamentos pode piorar esta sensibilidade. Os óculos de sol são uma solução fácil que torna a vida mais confortável quando ao ar livre. É importante lembrar que os óculos escuros não precisam ser caros. O mais importante é escolher óculos que bloqueiem de 99% a 100% dos raios UV (ultravioleta).5,6

Referências
1. International glaucoma Association. Leisure and sports. https://www.glaucoma-association.com/about-glaucoma/living-with-glaucoma/leisure-and-sports. Acesso em novembro de 2016. 
2. Glaucoma Research Foundation. Video: Dr. Yvonne on Lifestyle modifications and glaucoma. http://www.glaucoma.org/treatment/video-dr-yvonne-ou-on-lifestyle-modifications-and-glaucoma.php Acesso em novembro de 2016. 
3. Glaucoma Research Foundation. What vitamins and nutrients will help prevent my glaucoma from worsening? http://www.glaucoma.org/treatment/what-vitamins-and-nutrients-will-help-prevent-my-glaucoma-from-worsening.php Acesso em novembro de 2016. 
4. Glaucoma Research Foundation. Nutrition and glaucoma: http://www.glaucoma.org/treatment/nutrition-and-glaucoma.php Acesso em novembro de 2016. 
5. Glaucoma Research Foundation. Daily life with Glaucoma. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/daily-life.php Acesso em novembro de 2016. 
6. Glaucoma Research Foundation. A guide to sunglasses. http://www.glaucoma.org/treatment/a-guide-to-sunglasses.php Acesso em novembro de 2016.

VIVENDO BEM COM GLAUCOMA

VIVENDO BEM COM GLAUCOMA

Vivendo bem com glaucoma


Se não diagnosticado e tratado adequadamente, o glaucoma leva à perda gradual e permanente da visão. Uma vez diagnosticado, os pacientes necessitam de tratamento e monitoramento da sua visão ao longo de toda sua vida para interromper ou reduzir a progressão da doença.1,2 Se você foi diagnosticado com glaucoma, veja a seguir o que deve fazer para conviver bem com a doença!
  • Consultar o seu oftalmologista regularmente é primordial! A maioria das formas de glaucoma não tem quaisquer sintomas até estágios avançados, então você geralmente não será capaz de saber se o glaucoma está progredindo (conheça os sintomas). O seu médico verificará não apenas a pressão intraocular, mas também utilizará outros testes especializados para monitorizar o glaucoma (ver diagnóstico). Check ups regulares com o seu oftalmologista são a chave para a manutenção da sua saúde ocular.2-4
  • Adesão ao tratamento: use os colírios corretamente! Se você estiver utilizando colírios para controlar a pressão intraocular, é importante usá-los de acordo com as instruções do seu médico (ver uso correto dos colírios). Muitas pessoas não usam os colírios conforme as instruções, o que pode levar à falta de controle do glaucoma e a um maior risco de cegueira irreversível. Siga o plano de tratamento e informe o seu médico sobre suas condições médicas (se você tem alguma outra doença sistêmica) e/ou uso de outros medicamentos, bem como sobre dúvidas no uso de colírios. Os colírios para os olhos são medicamentos e podem interagir com outros tratamentos.2,5-6
  • Assuma o controle do seu glaucoma! Certifique-se de compreender que tipo de glaucoma você tem (ver tipos de glaucoma). Informe-se sobre a doença e comunique seus familiares. Além do suporte durante a convivência com a doença, familiares apresentam maior risco de ter glaucoma (ver mais em quem está sob risco) e também devem consultar um oftalmologista com frequência.2,3
  • Tenha um estilo de vida saudável. Faça exercícios físicos regularmente, consuma alimentos saudáveis, evite ingerir bebidas alcoólicas e tabaco e reduza o estresse do dia-a-dia. Sua saúde geral é tão importante quanto cuidar de seus olhos (ver mais em dicas para conviver com o glaucoma e dicas para o dia-a-dia). Fazer escolhas saudáveis, consultar um oftalmologista regularmente e seguir o tratamento recomendado corretamente irá ajudá-lo a continuar a viver a sua vida plenamente.2,6

5 DICAS PARA TE AJUDAR A INSTILAR O COLÍRIO

5 DICAS PARA TE AJUDAR A INSTILAR O COLÍRIO

5 dicas para te ajudar a instilar o colírio


Se você já leu sobre a importância dos colírios no tratamento do glaucoma e como usá-los corretamente, mas ainda está com dificuldade para aplicá-lo em seus olhos, listamos aqui 5 dicas simples que podem te ajudar!
1- Com a cabeça virada para o lado ou deitado de lado, feche os olhos. Coloque uma gota do colírio no canto interno da pálpebra (o lado mais próximo do nariz). Ao abrir os olhos lentamente, a gota deve cair diretamente em seu olho.1
2- Se o frasco do colírio for muito pequeno para segurar, tente embrulhar algo (como uma toalha de papel) ao redor do frasco.1
3- Caso utilize mais de um colírio para o tratamento do glaucoma, identifique-os com etiqueta ou fita colorida e faça uma tabela. Isso facilitará a administração nos horários adequados.2
4- Adapte os horários de seus medicamentos com atividades diárias. Exemplo: horários das refeições. O glaucoma é controlado pelo uso correto e regular do medicamento.2
5- Quase 20% das pessoas são incapazes de colocar gotas em seus próprios olhos por várias razões e são dependentes de outros. Eles podem ter tremores, má visão, má coordenação ou apenas medo. Dependendo da sua situação, certifique-se de encontrar um amigo ou membro da família para ajudá-lo.3

Referências
1. Glaucoma Research Foundation. Eye drop tips. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/eyedrop-tips.php Acesso em novembro de 2016.
2. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Colírios, como usar? Disponível em: http://www.sbglaucoma.com.br/material-informativo/ Acesso em novembro de 2016.
3. Glaucoma Research Foundation. Glaucoma eye drops: suggestions on use. Disponível em: http://www.glaucoma.org/treatment/glaucoma-eye-drops-suggestions-on-use.php Acesso em novembro de 2016.

A IMPORTÂNCIA DOS COLÍRIOS NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA

A IMPORTÂNCIA DOS COLÍRIOS NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA

A importância dos colírios no tratamento do glaucoma


O glaucoma é uma doença que, por ser silenciosa e levar a danos irreversíveis na visão requer comprometimento do paciente com o tratamento.1-2 Trata-se de uma doença crônica que deve receber acompanhamento e tratamento prolongados, condições que podem prevenir a cegueira. No entanto, a adesão de pacientes ao tratamento do glaucoma tem sido um grande desafio nos dias atuais. Os principais fatores relacionados a não-adesão ao tratamento do glaucoma são a falta de informação sobre a doença, a dificuldade de comunicação com o médico, dificuldades na administração dos medicamentos, o esquecimento, a falta de recursos financeiros e a baixa regularidade de visitas ao oftalmologista.3-6
Entre estes fatores, o uso incorreto do colírio é considerado uma das mais importantes causas da falta de adesão do paciente ao tratamento médico proposto.7,8 Um estudo publicado no Journal of Glaucoma revelou que 9 em cada 10 pacientes com glaucoma não foram capazes de administrar corretamente o colírio. Alguns deles deixavam o medicamento escorrer pela a face, outros fechavam os olhos após a aplicação e outros até chegaram a encostar o frasco do medicamento no globo ocular. Apenas 8,57% dos pacientes foram capazes de fazer a instilação correta do colírio.8
O uso incorreto do colírio é responsável por agravar a doença em 65% dos pacientes (45% por descontinuidade do uso de colírio e 20% por interrupção da medicação) que estão em tratamento para glaucoma no Brasil.9 Portanto, é de extrema importância a manutenção e o reforço das orientações médicas durante todo o tratamento, pois assim como outras doenças crônicas, o glaucoma não tem cura, mas é passível de controle, garantindo a qualidade de vida do paciente. Se você tem dúvidas quanto ao uso de colírios, não deixe de procurar seu oftalmologista.
Veja a seguir como pingar o colírio corretamente!

Referências
1. American Glaucoma Society. Position statement on glaucoma eye drop availability. Disponível em: http://www.americanglaucomasociety.net/patients/position_statements/glaucoma_eye_drop_availability Acesso em novembro de 2016. 
2. The Glaucoma Foundation. Treating glaucoma. Disponível em: http://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm Acesso em novembro de 2016. 
3. Clinical Ophthalmology. Success of patient training in improving proficiency of eyedrop administration among various ophthalmic patient populations. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4986914/pdf/opth-10-1505.pdf Acesso em novembro de 2016. 
4. Journal of Glaucoma. Determinants of medication adherence to topical glaucoma therapy. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3183317/pdf/nihms301302.pdf Acesso em novembro de 2016. 
5. Revista Brasileira de Oftalmologia. Dificuldades no cotidiano dos pacientes com glaucoma avançado – avaliação objetiva com registro em vídeo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802015000300164 Acesso em novembro de 2016. 
6. Revista Brasileira de Oftalmologia. Study of the factors related to stop the treatment of glaucoma. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802011000600007 Acesso em novembro de 2016. 
7. Archives of Ophthalmology. Impact of a health communication intervention to improve glaucoma treatment adherence. Results of the interactive study to increase glaucoma adherence to treatment trial. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22688429 Acesso em novembro de 2016. 
8. Journal of Glaucoma. Evaluating eye drop instillation technique in glaucoma patients. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21336146 Acesso em novembro de 2016. 
9. Glaukos, Oftalmologia geral e especializada em catarata e glaucoma. HYPERLINK “http://glaukos.com.br/2013/10/1029/” Baixa adesão ao tratamento do glaucoma pode levar à cegueira. Disponível em: http://glaukos.com.br/2013/10/1029/ Acesso em novembro de 2016.

TRATAMENTO DO GLAUCOMA

tRATAMENTO DO GLAUCOMA

Tratamento do glaucoma


O glaucoma não pode ser curado, mas pode ser controlado se diagnosticado e tratado em seu estágio inicial.1-3 O tratamento do glaucoma inclui o uso de medicamentos, cirurgia ou uma combinação destes métodos.3,4 Embora estes tratamentos possam prevenir a perda irreversível da visão, eles não revertem os danos já causados pelo glaucoma. Por isso, o diagnóstico e o tratamento do glaucoma devem ocorrer o quanto antes.
Colírios e outros medicamentos para o glaucoma
Segundo o Consenso da Sociedade Brasileira de Glaucoma, o tratamento inicial para o glaucoma deve ser, sempre que possível, o uso de medicamentos. Este tratamento tem como objetivo principal estabilizar a doença, evitando a progressão dos danos por meio da redução da pressão intraocular (conheça as causas do glaucoma).5
O tratamento de redução da pressão intraocular visa estabelecer um nível “seguro” de pressão que evite progressão dos danos causados pelo glaucoma e é chamada de pressão alvo. A determinação da pressão alvo realizada pelo médico deve ser individualizada para cada paciente e deve levar em conta fatores como: gravidade do glaucoma, idade do paciente, história familiar, raça e espessura da córnea.6
Atualmente, as quatro classes de medicamentos utilizadas no tratamento do glaucoma são os betabloqueadores, os inibidores da anidrase carbônica, os alfa-agonistas e os análogos de prostaglandinas. Estes medicamentos atuam basicamente na diminuição da produção e/ou na drenagem de líquido ocular (ver causas do glaucoma).6,7
Estes medicamentos são encontrados na forma de colírios ou de medicamentos via oral (comprimidos). Os colírios são comumente mais utilizados. No entanto, quando os colírios não controlam suficientemente a pressão intraocular, os comprimidos podem ser prescritos para uso combinado.3,4
Alguns medicamentos podem causar dores de cabeça ou outros efeitos secundários como ardor, queimação e vermelhidão nos olhos, visão embaçada, alterações na respiração e boca seca.7,10 Caso isso aconteça, não deixe de falar com seu médico.

Adesão ao tratamento: fundamental para evitar danos à visão

Durante o tratamento do glaucoma, é crucial aplicar/pingar ou tomar os medicamentos regularmente, conforme prescrito pelo oftalmologista, para prevenir futuros danos à visão. Como o glaucoma geralmente não apresenta sintomas, algumas pessoas param ou esquecem de aplicar o colírio ou de tomar seus remédios, e essa é hoje a principal causa de fracasso no tratamento.8,9 Peça que seu oftalmologista te ensine a usar os colírios corretamente e conheça aqui outras dicas sobre como usar seus colírios corretamente.

Cirurgia para o glaucoma
Quando os medicamentos não alcançam os resultados desejados, ou têm efeitos colaterais intoleráveis, o oftalmologista pode indicar a cirurgia. Existem basicamente duas técnicas cirúrgicas para o tratamento do glaucoma:
1) Tratamentos com laser 
Trabeculoplastia
A Trabeculoplastia é uma técnica não invasiva, frequentemente utilizada para tratar glaucoma de ângulo aberto. Com o uso do laser, a Trabeculoplastia pode ser realizada em um consultório médico, leva entre 10 a 15 minutos, é indolor e comumente apresenta menos efeitos colaterais que os demais procedimentos cirúrgicos. Durante o procedimento, um feixe de laser é focado na malha trabecular do olho, abrindo o sistema de drenagem para que o humor aquoso passe mais facilmente, diminuindo assim a pressão dentro do olho. Existem dois tipos de cirurgia de trabeculoplastia: a trabeculoplastia com laser de argônio (ALT) e trabeculoplastia seletiva a laser (SLT).3-4,10
Iridotomia periférica a laser (LPI)
Esta técnica é comumente utilizada no tratamento para glaucoma de ângulo fechado. Neste procedimento, o laser é usado para fazer uma abertura através da íris, permitindo que o humor aquoso flua diretamente para a câmara anterior do olho.3-4,10
2) Trabeculectomia, uma cirurgia convencional
A outra técnica, conhecida como Trabeculectomia se trata de uma cirurgia convencional e comumente é utilizada quando a Trabeculoplastia e o uso de medicamentos não trouxeram os resultados esperados. É usada tanto no tratamento de glaucoma de ângulo aberto quanto no tratamento de glaucoma de ângulo fechado. Neste procedimento, o cirurgião cria uma passagem na esclera (a parte branca do olho) para drenar o humor aquoso, com a finalidade de diminuir a pressão intraocular.3-4,10
Outras técnicas:
Outras técnicas cirúrgicas se baseiam no implante de drenos (sejam eles dispositivos de aço inoxidável, de silicone, ou mesmo um tipo sonda) que melhoram a drenagem do humor aquoso, reduzindo, assim, a pressão intraocular. A canaloplastia, uma técnica descoberta recentemente, é comparada a uma versão ocular de uma angioplastia, na qual o médico usa um cateter extremamente fino para limpar o canal de drenagem do trabeculado.3
Embora alguns pacientes possam descontinuar o uso dos medicamentos após os procedimentos cirúrgicos, muitos dos pacientes continuam a usar medicamentos para o tratamento de glaucoma após a cirurgia. Neste caso, só o oftalmologista pode determinar a necessidade da utilização da medicação.8,9

Referências
1. Glaucoma Research Foundation Can glaucoma be cured? Disponível em: http://www.glaucoma.org/research/can-glaucoma-be-cured.phpAcesso em novembro de 2016.
2. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Tudo sobre glaucoma. Disponível em: http://www.cbo.net.br/novo/publico-geral/tudosobreoglaucoma.php Acesso em novembro de 2016.
3. National Eye Institute. Facts about glaucoma. Disponível em: https://nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts Acesso em novembro de 2016.
4. The Glaucoma Foundation. Treating glaucoma. Disponível em: http://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm Acesso em novembro de 2016.
5. Sociedade Brasileira de Glaucoma. III Consenso Brasileiro de Glaucoma Primário de ângulo aberto – 2009. Disponível em: http://www.sbglaucoma.com.br/consenso/ Acesso em novembro de 2016.
6. Sociedade Brasileira de Glaucoma. Coleção Glaucoma – Tratamento Clínico. Disponível em: http://www.sbglaucoma.com.br/material-informativo/ Acesso em novembro de 2016.
7. Glaucoma Research Foundation. Glaucoma medications and their side effects. http://www.glaucoma.org/gleams/glaucoma-medications-and-their-side-effects.php Acesso em novembro de 2016.
8. Revista Brasileira de Oftalmologia. Dificuldades no cotidiano dos pacientes com glaucoma avançado – avaliação objetiva com registro em vídeo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802015000300164 Acesso em novembro de 2016.
9. Revista Brasileira de Oftalmologia. Study of the factors related to stop the treatment of glaucoma. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802011000600007 Acesso em novembro de 2016.
10. American Academy of Ophthalmology. Glucoma treatment. Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/glaucoma-treatmentAcesso em novembro de 2016.

DIAGNÓSTICO DO GLAUCOMA

DIAGNÓSTICO DO GLAUCOMA

Diagnóstico do glaucoma


Infelizmente, como o glaucoma é uma doença assintomática (saiba mais em sintomas), cerca de metade dos pacientes com glaucoma não sabe que tem a doença, enquanto ela progride em silêncio.1-3 Por isso, é importante visitar um oftalmologista para realizar exames regulares. O exame anual é recomendado para pessoas que têm maior risco de desenvolver o glaucoma e, dependendo da condição (presença de fatores de risco ou sintomas), pode haver necessidade de exames ainda mais frequentes.4,5
Por ser uma doença crônica e sem cura, o diagnóstico do glaucoma e seu tratamento precoce são fundamentais para minimizar as possíveis complicações da doença, como a perda parcial da visão ou até cegueira irreversível ao longo do tempo.5,6
O diagnóstico de glaucoma só pode ser realizado após um exame oftalmológico cuidadoso, no qual estão incluídos anamnese do paciente (entrevista com o paciente para buscar detalhes e o histórico de sua saúde) e avaliação da pressão intraocular, bem como a avaliação das condições estruturais e funcionais do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina.6-8 Apesar de muitas doenças afetarem o nervo óptico, a lesão causada pelo glaucoma tem um aspecto característico que permite ao médico fazer o diagnóstico. No glaucoma, as fibras nervosas estão danificadas e desaparecem, deixando uma escavação maior do nervo óptico.9
Entre os exames utilizados para a confirmação do diagnóstico do glaucoma, estão:8,10-11
  • Oftalmoscopia ou exame de fundo de olho: usando um oftalmoscópio, é realizada para avaliar se existem lesões no nervo óptico que possam ter sido causadas por glaucoma.7,9-11
  • Teste de acuidade visual: verifica a qualidade da visão do paciente em diversas distâncias de leitura (longe e perto).9-11
  • Teste de campo visual ou perimetria: identifica se há perda de campo visual. Existe a perimetria cromática, a acromática e a de frequência dupla (FDT).7-10
  • Tonometria: mede a pressão intraocular. Existem diferentes técnicas, mas as mais usadas são a de contato (tonometria de Goldmann) e a de não-contato (tonometria de sopro).7-11
  • Paquimetria: mede a espessura da córnea usando um instrumento ultrassônico.7,10-11
  • Gonioscopia: é um dos exames utilizados para a classificação do tipo de glaucoma. Através deste exame, é possível avaliar o ângulo da câmara anterior (entre a íris e a córnea) e classificar o tipo de glaucoma (ver tipos de glaucoma).9,11
  • Biomicroscopia estereoscópica de fundo de olho: avalia as condições do nervo óptico e das células nervosas da retina.8-9
  • Outros exames: exames complementares podem ser solicitados para a confirmação do diagnóstico de glaucoma. Entre eles estão a tomografia de coerência óptica (OCT), o laser confocal polarizado (GDx), a biomicroscopia ultrassônica (BUS) e a oftalmoscopia confocal de varredura a laser (HRT).8,11

QUEM ESTÁ SOB MAIS RISCO DE DESENVOLVER GLAUCOMA

QUEM ESTÁ SOB MAIS RISCO DE DESENVOLVER GLAUCOMA

Quem está sob mais risco de desenvolver glaucoma


  • Pessoas com mais de 40 anos.4-7
  • Pessoas com histórico de glaucoma na família.4-7
  • Pessoas de origem africana ou asiática. As pessoas de origem africana têm uma maior tendência para desenvolver glaucoma primário de ângulo aberto e as pessoas de descendência asiática são mais propensas a desenvolver glaucoma de ângulo estreito e glaucoma de pressão normal.4-7
  • Pessoas que sofreram lesões físicas no olho: um trauma grave pode causar danos ao canal de drenagem.4-7
  • Outros fatores de risco relacionados ao olho: condições como descolamento de retina, tumores intraoculares e inflamação intraocular também podem causar glaucoma. Alguns estudos sugerem que um alto grau de miopia também pode ser um fator de risco.4-7
  • Uso de alguns medicamentos: algumas pessoas são sensíveis aos corticoides e podem apresentar um aumento da pressão intraocular secundário ao uso destes medicamentos, independentemente do tempo de uso.4-7
  • Condições médicas: alguns estudos indicam que o diabetes pode aumentar o risco de desenvolver glaucoma, assim como a pressão arterial elevada e algumas doenças cardíacas.4-7

Não espere um sinal para visitar o oftalmologista!

Toda pessoa com menos de 40 anos deve realizar um exame oftalmológico completo a cada três ou quatro anos. Indivíduos com menos de 40 anos que apresentem um dos fatores de risco acima devem consultar um oftalmologista a cada ano, ou conforme a orientação do oftalmologista. Todos com 40 anos ou mais devem realizar um exame oftalmológico abrangente com intervalo de um a dois anos. Qualquer pessoa com mais de 40 anos que também apresente algum dos fatores de risco citados acima deve ser avaliada anualmente por um oftalmologista, independentemente de apresentar ou não qualquer sinal ou sintoma do glaucoma.7,8

Referências
1. American Academy of Ophthalmology. Causes of Glaucoma. Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/glaucoma-causes Acesso em novembro de 2016.
2. Glaucoma Research Foundation. What causes vision loss in glaucoma? Disponível em: http://www.glaucoma.org/research/what-causes-vision-loss-in-glaucoma.php Acesso em novembro de 2016.
3. National Eye Institute. Facts about glaucoma. Disponível em: https://nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts Acesso em novembro de 2016.
4. Glaucoma Research Foundation. Are you at risk for glaucoma? Disponível em: http://www.glaucoma.org/glaucoma/are-you-at-risk-for-glaucoma.php Acesso em novembro de 2016.
5. National Eye Institute. Facts about glaucoma. Disponível em: https://nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts Acesso em novembro de 2016.
6. Sociedade Brasileira de Glaucoma. Coleção Glaucoma – Conceito e Diagnóstico. Disponível em: http://www.sbglaucoma.com.br/material-informativo/ Acesso em novembro de 2016.
7. The Glaucoma Foundation. Who’s at risk? Disponível em: https://www.glaucomafoundation.org/Risk.htm Acesso em novembro de 2016.
8. Sociedade Brasileira de Glaucoma. III Consenso Brasileiro de Glaucoma Primário de ângulo aberto – 2009. Disponível em: http://www.sbglaucoma.com.br/consenso/ Acesso em janeiro de 2017.