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sábado, 26 de setembro de 2020

Afinal, o que é o Teste de Estereopsia?

 

Afinal, o que é o Teste de Estereopsia? 

Tudo que é captado pelos olhos esquerdo e direito passa por uma fusão no cérebro, gerando a percepção de distância e profundidade das imagens. Essa sensação tridimensional é chamada de estereopsia e é o principal mecanismo de visão binocular, ou seja, da capacidade dos dois olhos enxergarem em conjunto. 

Mas você sabia que nem todo mundo enxerga de maneira 3D? Isso acontece porque os olhos estão, em diferentes níveis, desalinhados. Daí a importância de realizar o Teste de Estereopsia para detectar o problema e tratar essa deficiência. Entenda, a seguir, como funciona o examee em que casos ele é indicado:

Como funciona o Teste de Estereopsia

Também conhecido como Titmus Test, o Teste de Estereopsia é indolor, pode ser realizado em consultas de rotina e não leva muito tempo. Usando óculos especiais, o paciente observa algumas figuras em 3D e deve identificar quais estão mais evidentes.

Nesse procedimento não é necessário o uso de colírio nem dilatação da pupila.

Em que casos esse exame é indicado

O Teste de Estereopsia é fundamental tanto para o diagnóstico quanto o acompanhamento do tratamento de problemas na visão binocular. Por isso, ele é indicado para pacientes com estrabismo e ambliopia (a doença do “olho preguiçoso”). Além disso, ele é capaz de auxiliar no desenvolvimento da visão binocular de crianças com estrabismo.

Primavera e alergia ocular

 As alterações e instabilidades climáticas dessa época do ano, variam entre clima seco e algumas chuvas esporádicas, contribuindo para o desenvolvimento de vários tipos de alergias oculares, como conjuntivites primaveril e viral.

Conjuntivite Alérgica é a alteração da superfície ocular causada por mecanismo de hipersensibilidade a algum agente alérgeno. Essa doença tem como principal sintoma o prurido ocular.

Conheça as principais:

conjuntivite alérgica sazonal é a forma mais comum de alergia ocular. As crises da forma sazonal ocorrem em certas estações do ano e são desenvolvidas pela exposição ao pólen. Elas desaparecem com o fim da emissão do alérgeno e a pessoa apresenta episódios sazonais de prurido, hiperemia conjuntival e hipertrofia papilar da conjuntiva palpebral superior.

conjuntivite alérgica perene é semelhante a sazonal, porém, crônica e com os sinais e sintomas menos intensos. Ela ocorre ao longo do ano todo, com exacerbações sazonais discretas. Acontece pela exposição a alérgenos perenes, normalmente domésticos, como o ácaro presente na poeira doméstica.

Para ambas o tratamento é:

- Inicialmente consiste em evitar o alérgeno (medidas de higiene ambiental);
- Compressas frias (água filtrada/evitar água boricada) para aliviar o prurido;
- Durante as crises da forma sazonal ou na exacerbação da forme perene (anti-histamínico tópico por 15 a 30 dias);
- Casos leves podem ser tratados com anti-inflamatórios tópicos;
- O tratamento com medicamentos deve ser instituído apenas quando os sinais e sintomas são realmente fortes.

Ceratoconjuntivite Primaveril é uma afecção alérgica crônica bilateral da conjuntiva, com exacerbações sazonais e mais frequente na primavera e verão, em regiões de clima quente e seco. Afeta principalmente meninos entre 2 e 10 anos de idade, com tendência a resolução espontânea na puberdade. Antecedentes pessoais e familiares de doença são frequentes.
A apresentação clínica é geralmente prurida, lacrimejamento, fotofobia e secreção na mucosa.
O tratamento indicado é eliminação do alérgenos. Nos casos leves, devem ser feitas compressas geladas e pode ser receitado pelo oftalmologista a aplicação de vasoconstrictores e anti-histamínicos tópicos. Nos casos graves a aplicação de esteroides tópicos pode ser necessária.

Dermatoceratoconjuntivite Atópica:
Ela é uma inflamação crônica e bilateral da conjuntiva e pálpebra. As crises são mais frequentes no inverno, principalmente no sexo masculino, após os 40 anos de idade, embora tenham sido descritos casos em crianças.
As crises são geralmente desenvolvidas por exposição a ácaro presente no pó doméstico e em pelos de animais. Durante as crises, os sintomas são intensos e caracterizados pela presença de prurido, lacrimejamento, visão embaçada e fotofobia. As pálpebras apresentam descamação.
O tratamento, como na ceratoconjuntivite primaveril é a eliminação do alérgeno. Por representar a forma mais grave de alergia ocular, durante as crises, recomenda-se o uso de anti-histamínicos tópicos por 15 a 30 dias associados a estabilizadores de mastócitos por tempo prolongado. Quando houver envolvimento da córnea, corticoides tópicos potentes são mandatórios para controle da crise e lágrimas artificiais podem ser indicadas principalmente nos casos de olho seco secundário associado a doença.

As alergias devem ser acompanhadas pelo médico oftalmologista e serem tratadas de forma com que os sintomas sejam neutralizados na maioria das vezes.

Algumas dicas de prevenção:
• Lavar as mãos e rosto com frequência;
• Evitar coçar os olhos;
• Secar o rosto com toalha de papel, se a opção for toalha de tecido o ideal é trocar o acessório todos os dias;
• Nunca compartilhar máscara, lápis de olho ou delineadores;
• Não se automedique ou compre algum remédio sem indicação e orientação de um médico – cada caso deve ser avaliado individualmente.

 

Caso tenha algum dos sintomas citados, procure um médico para diagnóstico e tratamento.


Alergia Ocular

 

 

 

Os olhos são um alvo fácil para as alergias, isto ocorre porque quando os abrimos, a conjuntiva, membrana fina que recobre a superfície do olho, fica diretamente exposta ao ambiente. Essa membrana possui uma estrutura semelhante à parte interna do nariz, e em contato com certas substâncias pode desencadear algumas reações alérgicas.

Caracterizada como uma reação exagerada do sistema imunológico a uma destas substâncias irritantes, denominadas alérgenos (ácaros, poeiras, pólen, mofo, pelos de animais, produtos de limpeza etc.), a alergia ocular atinge entre 15% a 20% da população mundial, afetando as pálpebras e a córnea e tendo sua maior incidência em pessoas que já sofrem com algum outro tipo de alergia, como asma, rinite e sinusite.

Os sintomas de alergia ocular são similares aos dos vários tipos de conjuntivite: vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço, desconforto ocular e maior sensibilidade à luz (fotofobia). Além da causa, o que difere um do outro é o tempo de duração dos sintomas, que em casos de conjuntivite infecciosa duram de uma a duas semanas, e na forma alérgica, com administração do anti-histamínico, já no segundo dia os sintomas tendem a diminuir.

O TRATAMENTO DEVE OCORRER DA SEGUINTE FORMA:

 

Cuidados em casa

Nas doenças alérgicas, a prevenção é a base do tratamento. Por isso, o primeiro passo é identificar e eliminar os alérgenos do ambiente, assim os sintomas apresentarão melhoras significativas.

Acompanhamento médico

Pessoas que possuem alergia ocular devem buscar uma assistência médica com especialista, de preferência devem realizar um tratamento simultâneo com um oftalmologista e alergologista.

Medicamentos

A fim de ajudar na melhor dos sintomas, é prescrita pelo oftalmologista a utilização de colírios. Entre os mais utilizados estão: colírios lubrificantes (proporcionam alívio discreto na coceira e “lavam” o olho); colírios anti-histamínicos (diminuem a liberação e a ação de uma substância chamada histamina, responsável pela coceira), colírios de dupla ação (são os mais usados atualmente, além de diminuírem a coceira, também interrompem o processo da alergia) e colírios de corticoides e cortisona (receitados em casos de alergias mais graves, agem rápido e de forma intensa sobre a alergia).

Vacinas antialérgicas

Conhecido também como imunoterapia ou vacina para alergia, nesse método é injetado gradualmente no alérgico um número crescente de alérgenos com o objetivo de dessensibilizar o organismo às substâncias que causam alergia e estimular a imunidade do paciente.

Importante:

Caso não seja tratada corretamente, a alergia ocular pode evoluir e trazer algumas complicações para a visão, como úlceras, formação de placas e surgimento de vasos anormais na periferia da córnea. Por isso, em caso de manifestação dos sintomas, busca um auxílio médico.

10 DICAS ÚTEIS PARA SE EVITAR ALERGIA OCULAR

1- Reduza o número de travesseiros, roupas de cama, cortinas, bicho de pelúcia e objetos que acumulem poeira;
2- Sempre que possível, higienize a roupa de cama com água quente e deixe-as secar ao sol;
3- Mantenha a casa limpa, arejada e com exposição ao sol, a fim de evitar o acúmulo de ácaros;
4- Prefira usar aspiradores de pó e panos úmidos ao limpar a casa, dispense vassouras, espanadores e objetos que podem espalhar a poeira na hora da limpeza;
5- Elimine vazamentos de água, uma vez que estes favorecem o aparecimento de mofo;
6- Encape colchões e travesseiros com material impermeável ou antialérgico;
7- Faça a limpeza do ar-condicionado semanalmente;
8- Evite coçar os olhos, além de esse hábito estimular as alergias, pode facilitar o surgimento ou desenvolvimento de ceratocone;
9- Caso tenha animais domésticos, mantenha-os sempre limpos e tosados;
10-Evite ambientes com muito pó, fumaça ou odores fortes.

Em caso de crise de alergia ocular, o que devo fazer?

1- Evite esfregar os olhos.
2- Não lave os olhos com soro fisiológico, pois o sal do soro irrita ainda mais os olhos.
3- Aplique compressas frias sobre os olhos fechados.
4- Procure um oftalmologista para iniciar o tratamento médico.