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domingo, 14 de novembro de 2021

OLHO TREMENDO: O QUE SIGNIFICA?


 


Muitos pacientes agendam uma consulta conosco por estar com o olho tremendo, desejando saber o que está acontecendo, se isso é causado por uma doença ou se há algum tratamento para o problema. Essa condição, dentro da oftalmologia, é chamada de mioclonia ou mioquimia e representa espasmos ou contrações na pálpebra.

Assim como todo o resto do corpo, o nosso sistema visual conta com diversos músculos, tanto internos, responsáveis pela movimentação do órgão, quanto na parte externa, como é o caso da pálpebra, a pele responsável pelo fechamento e abertura dos olhos.

Quando há algum problema no corpo, o músculo da pálpebra não age como deveria e começa a tremer, causando uma sensação bem incômoda para o paciente e o impedindo de realizar as suas tarefas diárias com tranquilidade.

Continue lendo para saber mais sobre o olho tremendo e veja quais são as possíveis causas para que esses espasmos e contrações acontecerem.

O QUE O OLHO TREMENDO PODE INDICAR?

Como já falado, o olho tremendo ocorre quando a pálpebra tem movimentos musculares involuntários (blefaroespasmos), causados pelo excesso de cansaço. É normal que isso aconteça em outras partes do corpo também. Quando se faz muito exercício para o braço, por exemplo, também podemos sentir pequenas contrações na área.

Mas, como o grupo muscular é muito maior e mais fortalecido, isso acontece com uma intensidade muito menor e, muitas vezes, nem é notado. Já no caso da mioclonia e mioquimia, esses movimentos são facilmente perceptíveis e causam um tipo de pulsação na parte superior do olho, o que levanta preocupações e diminui a qualidade de vida.

Existem muitas razões para isso acontecer, mas, as mais frequentes são:

ESTRESSE

estresse e a ansiedade contam com diversos efeitos no corpo humano, podendo causar a perda dos cabelos, casos de azia ou, até mesmo, o olho tremendo de forma temporária.

Se você está passando por um momento de muita tensão, seja por conflitos no trabalho ou na vida pessoal, é preciso buscar uma maneira de relaxar de forma saudável, para isso, nós recomendamos:

  • yoga;

  • exercícios físicos;

  • exercícios respiratórios;

  • ajuda profissional, se necessária;

  • momentos de descontração com os amigos e

  • atividades recreativas, como ver filmes ou ler.

CANSAÇO E TENSÃO MUSCULAR

O cansaço e a tensão muscular da pálpebra estão diretamente ligados com o estresse, mas também podem estar relacionados com a insônia e o excesso do uso de tela, por exemplo. Por isso, se você está tendo problemas para dormir, procure relaxar e ter as devidas horas de sono.

Já em relação ao excesso de tela, a Fundação Oswaldo Cruz recomenda a regra 20-20-20 que prevê o descanso dos olhos a cada 20 minutos. Para isso, deve-se focar em um objeto que esteja a 20 pés, mais ou menos 6 metros, por 20 segundos. Se for possível, ainda, recomenda-se que isso ocorra perto de uma janela com bastante luminosidade e que o horizonte seja o foco. Isso relaxará os músculos e evitará que o olho tremendo.

SECURA NOS OLHOS

Outra consequência do uso excessivo de telas é a secura nos olhos. Esse problema também pode ocorrer quando há alguma patologia que diminui a produção natural de lágrimas. Nesses casos, o tratamento para o olho tremendo consiste no uso de colírios de forma periódica.

DOENÇAS OCULARES

Apesar de as causas mais comuns serem essas listadas acima, o olho tremendo pode ser causado por doenças oculares, como:

  • blefarite: inflamação nas bordas das pálpebras;

  • uveítes: inflamação na camada média do olho, como na íris;

  • ceratite: inflamação da córnea e

  • entrópio: patologia em que a pálpebra se dobra para a parte interna do olho.

Esses são apenas alguns exemplos, mas existem muitas outras patologias que podem ter como sintoma inicial o olho tremendo. Por isso, é importante contar com o acompanhamento médico para evitar complicações.

ESTÁ COM O OLHO TREMENDO? PROCURE UM OFTALMOLOGISTA

O olho tremendo pode significar muitas coisas, desde o excesso de estresse até os primeiros sintomas de uma doença com consequências graves, por isso, nós recomendamos que todos que tenham esse sintoma procurem por um oftalmologista para fazer uma análise individualizada.

Assim, caso seja necessário, o médico especializado traçará um tratamento e ainda poderá auxiliar você a promover a saúde ocular, dando dicas para evitar o excesso de tela e mostrando outras práticas que podem ser inseridas no seu dia a dia para relaxar os músculos oculares.

MOSCAS VOLANTES: O QUE SÃO E COM O QUE DEVO ME PREOCUPAR?

 Está vendo pontos pretos na visão que seguem o movimento de seus olhos, as famosas moscas volantes? Atenção: você pode estar com descolamento de vítreo ou com outro problema ocular!




A princípio, não costuma ser motivo de muitas preocupações. Porém, existe um risco associado, que é o da ocorrência de fragilidades na retina. Isso pode acontecer porque o vítreo é um gel que preenche a cavidade ocular e que protege essa parte tão importante do olho.

O sintoma mais frequente do descolamento é a presença das chamadas moscas volantes, que são aqueles pequenos pontos ou manchas escuras que flutuam pelo campo de visão formando imagens como teias de aranha, nuvens ou rabiscos.

Mas nem sempre esse deslocamento do vítreo é a causa do aparecimento desses pontos pretos na visão, que também podem estar relacionados com outras patologias oculares.

A seguir, explicaremos o fenômeno com mais detalhes, indicando suas possíveis causas, sintomas mais comuns e aqueles que podem indicar maior gravidade e formas de tratamento para cada caso. Continue a leitura e confira!

MOSCAS VOLANTES? O QUE SÃO?

As chamadas moscas volantes são pequenas frações de vítreo condensadas (grumos), formadas quando esse gel do globo ocular se solta da retina, o que é um processo natural que ocorre quando envelhecemos. A impressão que causam é a de que estão do lado de fora, quando, na realidade, estão flutuando dentro da cavidade ocular.

Esses pontos pretos na visão deslocam-se de acordo com os movimentos oculares, no entanto, não os acompanham com exatidão, parecendo escapar quando a pessoa tenta olhar diretamente para eles.

Esse constante movimento produz imagens que se assemelham ao formato de insetos, teias de aranha, linhas ou nuvens (daí a causa de receberem o nome de moscas volantes!). O que percebemos no campo visual são as sombras dos grumos exibidas sobre a retina.

Luz atravessando a cavidade ocular, incidindo sobre opacidades causa a percepção de manchas flutuando no campo de visão.



É importante esclarecer que, na maior parte das vezes, essas manchas não interferem no que enxergamos. Entretanto, ao passarem pela linha de visão, essas partículas podem efetuar um bloqueio da luz, gerando sombras na retina. Esta última, por sua vez, é uma faixa que fica localizada no fundo do olho, e sua principal função é receber os estímulos luminosos e enviá-los para o cérebro através do nervo óptico.

Essas alterações visuais costumam ser mais diretamente percebidas em ambientes com alta claridade ou iluminação (luz natural ou artificial) como, por exemplo, céu claro com sol forte, tela de computadores ou celulares, etc.

EXISTE UM GRUPO DE RISCO?

Sim, existem alguns indivíduos mais inclinados a possuírem problemas como esse. Como já dito, o fenômeno está diretamente relacionado com o envelhecimento do corpo, isto é, conforme o avanço da idade.

Dessa maneira, o grupo que apresenta maior propensão ao desenvolvimento de moscas volantes é o de pessoas com mais de 50 anos. O número cresce ainda mais em idosos que possuem idade em torno de 80 anos. Apesar disso, o problema também pode ocorrer em pessoas mais jovens, sobretudo àquelas que têm miopia.

Pacientes que, em algum momento, foram submetidos à cirurgia de catarata, retina ou que tiveram doenças como a uveíte (inflamação da úvea, que é a parte do olho que abarca a íris, o corpo ciliar e a coroide) também costumam relatar o aparecimento desse tipo de manchas na visão.

DEVO ME PREOCUPAR COM OS PONTOS PRETOS NA VISÃO?

Quando o processo está restrito ao vítreo, apesar de desconfortável, ele não oferece perigo imediato à saúde dos olhos. Costumamos também, em geral, aprender a conviver com as suas manifestações. Como falado anteriormente, essa condição não costuma ser grave, mas pode vir a ser. Confira quais são as possíveis causas do aparecimento das moscas volantes e saiba quando se tornam motivo de preocupação.


DESCOLAMENTO DE VÍTREO

A razão para a ocorrência de descolamento de vítreo é a liquidificação do mesmo. Ele é um gel transparente e viscoso que ocupa a maior parte do interior do globo ocular,  composto por 99% de água e está em contato tanto com a retina, no segmento posterior dos olhos, quanto com o cristalino, esse na anterior. A substância é responsável por conservar o formato esférico do olho, além de proteger a retina.

Quando nascemos, o humor vítreo é bastante espesso, tal qual uma gelatina. Porém, com o passar dos anos, ele vai ficando mais líquido e menos gomoso. Uma das consequências desse fato é que ele pode se desprender de alguns pontos da retina, formando aquilo que os oftalmologistas denominam como descolamento de vítreo.

Denomina-se descolamento de vítreo posterior total quando o fluido gelatinoso está totalmente desgrudado da retina. O parcial refere-se ao fato de existirem fragmentos ainda aderentes.

É necessário frisar que o acontecimento não é encarado como uma doença, visto que ele decorre de um processo normal de envelhecimento do corpo. Mas apesar de não apresentar riscos imediatos à visão, é preciso estar alerta aos sintomas, para evitar complicações ou agravamento do estado.

Sintomas do descolamento de vítreo

A principal queixa dos pacientes que possuem descolamento de vítreo é o aumento súbito do número de moscas volantes e de flashes de luz (fotopsia) no campo visual. Outro sintoma frequentemente citado é a sensação de que os olhos estão mais “pesados”.

Os flashes de luz decorrem quando o vítreo, durante o processo de descolamento, efetua uma tração na retina. Isto é, realiza um estímulo mecânico que incide diretamente sobre ela. O efeito é o aparecimento de uma espécie de clarão de luz ou, como dizemos popularmente, uma sensação de “ver estrelas”, bem parecida com aquela obtida quando cerramos e apertamos os olhos, de forma a comprimir o globo ocular.

Os flashes luminosos podem ser um indicativo de casos de maior gravidade, isto é, podem estar associados a perturbações na retina decorrentes do descolamento de vítreo. Por isso, recomenda-se que os pacientes procurem efetuar uma avaliação com um retinólogo.

Esse profissional é altamente capacitado para identificar a origem do problema, que pode variar entre rasgaduras, buracos ou, em situações mais graves, de descolamento total de retina, que são as outras possíveis causas do aparecimento de moscas volantes.

RASGADURA OU BURACO NA RETINA

Ocorre quando há o descolamento do vítreo, uma vez que alguns de seus pedaços podem ficar presos na retina, produzindo, assim, uma rasgadura nessa região. É mais comum que essa complicação ocorra em pacientes que contam com altos graus de miopia.

Sintomas da rasgadura ou buraco na retina

Percepção de flashes luminosos, além das moscas volantes, são também sinais desse problema. Também pode ocorrer perda gradual da visão, que se torna embaçada e distorcida, principalmente durante atividades que exigem foco, como a leitura ou, ainda, a costura. É uma condição bastante séria e não deve ser negligenciada, pois pode ocasionar um descolamento da retina e, consequentemente, a perda da visão.

DESCOLAMENTO DA RETINA

É um problema grave que pode provocar perda de visão e cegueira. Assim como o nome já sugere, consiste na separação dessa estrutura que se localiza na parte posterior do olho da camada na qual está colada. Normalmente, começam em uma pequena área como resultado de uma rasgadura, como mencionado acima.

Há a possibilidade dessa área aderir novamente à camada superior, provocando o que é chamado de descolamento de retina parcial, ou haver o descolamento por completo da retina.

Sintomas do descolamento da retina

Os sintomas dessa patologia são muito similares ao descolamento de vítreo, havendo o aumento no aparecimento de pontos pretos na visão, aumento dos flashes de luz e pode, ainda, acompanhar a perda repentina da visão, que pode afetar apenas as áreas periféricas ou ser completa.

INFLAMAÇÃO OCULAR

Algumas doenças inflamatórias da retina (uveítes) também podem ser a causa do aparecimento de moscas volantes. Elas podem ocorrer pelo contato com vírus, bactérias, fungos e protozoários, por reações autoimunes do corpo ou ainda sem haver uma causa aparente. Caso não seja tratado, pode levar ao descolamento de retina, que já foi tratado acima e pode ter sérias consequências para o paciente.

Sintomas das uveítes

Normalmente, apresentam sintomas de:

  • dor e inchaço na área dos olhos;

  • coceira;

  • visão turva;

  • vermelhidão; e

  • aparecimento de moscas volantes.

HEMORRAGIAS NA CAVIDADE VÍTREA

As hemorragias na cavidade vítrea consistem no sangramento na parte posterior e interna do olho. Elas podem ocorrer por diferentes motivos e os mais comuns são:

  • trauma ou machucados na área ocular;

  • retinopatia diabética;

  • descolamento de retina;

  • doenças vasculares na região da retina;

  • crescimento anormal de vasos sanguíneos dentro do olho; e

  • descolamento do vítreo.

Sintomas das hemorragias na cavidade vítrea

Normalmente, são percebidas pelos pacientes por meio do aparecimento de manchas. Também pode acompanhar perda da visão e grandes sombras na vista.

Como os sintomas e as patologias são praticamente indistintos, o correto a ser feito é procurar um oftalmologista assim que perceber os principais pontos pretos na visão. Somente esse profissional pode verificar adequadamente qual é a gravidade do seu caso, assim como determinar sobre a necessidade ou não de tratamento.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico da patologia causadora das moscas volantes é feito através do exame de fundo de olho, também chamado de mapeamento de retina. O procedimento é indolor e consiste na dilatação da pupila seguida pela projeção de uma luz forte que permite que o médico responsável veja se há ferimentos ou alterações na parte posterior do olho.

Na maior parte dos casos, também é indicado efetuar uma ultrassonografia, exame que também não causa nenhuma dor no paciente e possibilita a visão dos tecidos do olho, a fim de verificar a existência de lesões que podem causar o descolamento da retina ou mesmo identificar doenças inflamatórias, como as uveítes.

Vale ressaltar que o diagnóstico deve ser feito por um médico especializado que poderá traçar o tratamento ideal para cada caso e evitar as possíveis complicações que podem ser irreversíveis, como a cegueira.

COMO TRATAR AS MOSCAS VOLANTES?

Não existe um tratamento específico para o descolamento de vítreo. Todavia, como o principal de seus sintomas (as moscas volantes), apesar de inofensivo, é bastante incômodo, muitas pessoas procuram uma maneira de se livrar dele. Vale reforçar que não há necessidade disso, visto que essas manchas ou pontos na visão não oferecem risco para a saúde ocular e tendem a desaparecer ao longo do tempo.

Antigamente, o único tratamento possível para a diminuição das moscas volantes era uma cirurgia — bastante invasiva — denominada vitrectomia. O procedimento consiste na retirada de parte ou de todo o humor vítreo do olho e a sua substituição por um gel lúcido estéril.

Porém, os contras dessa operação costumam superar os prós. Dentre os riscos possíveis, estão o descolamento da retina provocado cirurgicamente e as infecções oculares sérias. Somado a isso, ainda que sejam raras as ocasiões, o procedimento pode aumentar a quantidade de pontos pretos na visão. Devido a esses motivos, cirurgiões oftalmológicos geralmente não recomendam a cirurgia.

Se o surgimento de moscas volantes não estiver mais limitado ao descolamento de vítreo, e sim ao descolamento da retina, outros tratamentos são indicados e devem ser realizados com rapidez.

As cirurgias apropriadas para o descolamento de retina são a retinopexia ou a já citada vitrectomia. É preciso enfatizar novamente que só o oftalmologista possui conhecimento suficiente da situação para saber qual é a mais aconselhável.

A prevenção é sempre a melhor forma de cuidar dos seus olhos e da sua saúde como um todo! Não se esqueça de efetuar consultas regularmente, pois elas vão esclarecer suas dúvidas e apontar, de forma rápida, a existência de qualquer irregularidade. Os distúrbios da visão, quando tratados de forma adequada e em tempo hábil, possuem sempre maiores chances de recuperação!

Agora que você já se informou sobre os sintomas, causas e tratamento para o descolamento de vítreo e as moscas volantes, que tal marcar uma consulta conosco para ficar mais tranquilo?

ÓCULOS DE GRAU: 6 DICAS PARA ESCOLHER MELHOR!

 A escolha dos óculos de grau não é uma decisão fácil, já que alguns aspectos técnicos precisam ser observados para atender as indicações médicas. Há diversos tipos e materiais de lentes para corrigir diversos erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, que interferem na configuração final do acessório.

Além disso, a pessoa precisa gostar esteticamente da armação, e muitas vezes fica em dúvida sobre qual modelo se adéqua melhor ao seu tipo de rosto. Esse é um aspecto que precisa ser considerado, para que o acessório não se transforme em algo desagradável de usar. Mas, nem sempre as óticas contam com pessoas treinadas para ajudar nesse sentido.

Pensando nessas dificuldades, reunimos sugestões que podem facilitar muito a escolha desse importante acessório, de maneira a atender as necessidades de correção de grau e harmonizar com o tipo de rosto para valorizá-lo. Continue a leitura e conheça 6 dicas essenciais que vão ajudar você nessa escolha!

1. DEFINA O MATERIAL DAS LENTES

A refração é a capacidade que a lente tem para mudar a direção do raio de luz para corrigir o foco, proporcionando uma visão mais nítida. Nesse sentido, na hora de escolher o material da lente para óculos de grau, o principal aspecto a ser observado é exatamente essa característica que é própria de cada produto.

A tecnologia proporcionou o desenvolvimento de inúmeros tipos de lentes a partir de matérias-primas diversas, para óculos e outros auxílios ópticos. Cada material utilizado apresenta características específicas, tornando-o mais indicado para determinadas necessidades.

Existe, assim, uma variedade de lentes em função do material utilizado para a sua produção, conforme comentamos a seguir.

VIDRO

As lentes de vidro (inorgânicas), também chamadas de “lentes de cristal” ou “highlight”, foram as primeiras fabricadas. Ainda hoje são confeccionadas, mas estão em desuso por serem muito frágeis, quebrando com facilidade em situações de impacto. Além disso, são mais pesadas e mais espessas. Elas apresentam índices de refração maiores, como 1.7, 1.8 e 1.9, sendo indicada para graus elevados.

ACRÍLICO

As lentes de acrílico ou orgânicas são as mais procuradas em razão de sua leveza e boa durabilidade. Elas pertencem a um grupo de lentes de diferentes materiais, como o policarbonato e o Trivex, entre outros.

Policarbonato

O policarbonato permite a confecção de lentes bem finas e muito resistentes, e por isso é muito indicado para a produção de óculos infantis, entre outras aplicações.

Trivex

Trata-se de um tipo de lente mais leve do que a de policarbonato e que proporciona boa nitidez. Devido à sua alta resistência contra impactos e quedas, são mais recomendadas para esportistas e crianças. Por apresentar um índice de refração de 1.53, é ideal para as pessoas que necessitam de grau baixo.

RESINA

Por apresentar um alto índice de refração, as lentes de resina são as mais indicadas para quem tem alto grau de hipermetropia ou miopia, já que a resina consegue garantir lentes finas para as pessoas com mais de 4 graus. No entanto, é importante observar o design das lentes, bem como o tipo de armação para conseguir o resultado esperado.

Essa lente pode ser encontrada com índices de refração 1.60 e 1.67, ideais para casos de miopia moderada (entre 4 e 6 graus). Já para quem busca por óculos com bordas mais finas as refrações devem ser maiores, como as de 1.74 ou 1.76.

2. IDENTIFIQUE O TIPO DE LENTE IDEAL PARA A NECESSIDADE

O aspecto preponderante para a escolha do tipo de lente é o erro de refração que se deseja corrigir. Em geral, os problemas que podem ser corrigidos com o uso de óculos de grau são:

  • miopia — caracterizada pela dificuldade de enxergar objetos distantes, o olho acaba sendo maior do que o normal;
  • hipermetropia — consiste na dificuldade de enxergar de perto, o tamanho do olho é menor do que o habitual;
  • astigmatismo — faz com que os objetos fiquem embaçados tanto para perto como para longe;
  • presbiopia — conhecida como “vista cansada” (não confunda com a fadiga ocular), dificulta o foco de objetos de perto, ocorrendo normalmente após os 40 anos de idade.

Assim, existem 3 tipos de lentes, segundo o problema a ser corrigido: lente simples (ou monofocal), lente bifocal e lente multifocal.

LENTE SIMPLES

Em geral, essa lente resolve apenas um tipo de problema de visão (para perto ou para longe). Por esse motivo, é recomendada para as pessoas que possuem apenas miopia, hipermetropia ou astigmatismo.

LENTE BIFOCAL

As lentes de tipo bifocal são indicadas para os pacientes que apresentam presbiopia. Elas possuem dois campos de visão — um para perto e outro para longe, com uma divisão nítida na parte inferior da lente.

LENTE MULTIFOCAL

A lente do tipo multifocal possui um corredor óptico com progressão dos graus, sendo indicada para quem possui mais de um problema. Ela é dividida de maneira que o lado inferior corrija a visão para curta distância, o centro para corrigir a visão em média distância e a parte superior, para longo alcance.

Quando se trata de lentes multifocais é importante observar a sua composição, já que elas podem ser confeccionadas com diferentes materiais, como cristal e acrílico. Com as novas tecnologias, as primeiras caíram em desuso por apresentarem baixa resistência a impactos, serem pesadas e desconfortáveis. Já as acrílicas são as mais indicadas por serem leves, resistentes e confortáveis.

3. ESCOLHA O MATERIAL DA ARMAÇÃO

Em geral, a estética dos óculos no rosto fica por conta da preferência pessoal. No entanto, a escolha do material para a armação dos óculos deve ser considerada em seu aspecto essencial, que é a durabilidade. Veja, a seguir, os tipos de armações e suas particularidades.

ARMAÇÕES DE ACETATO

São as mais utilizadas por apresentarem grande resistência e uma certa flexibilidade, evitando deformações. Além disso, as armações de acetato são as mais indicadas para lentes mais espessas, protegendo-as melhor.

ARMAÇÕES METÁLICAS

Em geral, as armações metálicas são feitas de titânio. Para as pessoas que apresentam alergia ao níquel, é importante verificar a presença dele na liga metálica. Pelo fato de serem mais estreitas, essas armações são indicadas apenas para lentes mais finas.

ARMAÇÕES EMBORRACHADAS

As armações emborrachadas (siliconadas) são mais indicadas para os óculos infantis por serem maleáveis e oferecerem baixo risco de acidentes para as crianças.

4. PREFIRA O DESIGN MAIS ADEQUADO AO ROSTO

O fator estético é de grande importância na hora da escolha. Assim, a espessura da armação, o design, a cor e o material constituem variáveis que precisam estar de acordo com as linhas da face para assegurar a sua harmonia. Veja, a seguir, as melhores opções para cada formato de rosto!

ROSTO REDONDO

Para o rosto redondo, os óculos devem torná-lo mais fino. Para isso, é preferível optar por armações com linhas retas e formato retangular, evitando as que apresentam formatos arredondados. As que mais combinam são as transparentes, as escuras e as que possuem todo o aro em volta, além das armações Wayfarer, muito utilizadas por celebridades como a Madonna e o Michael Jackson.

ROSTO QUADRADO

Nesse tipo de rosto os óculos arredondados equilibram a estética facial, suavizando as linhas do seu contorno. Ao mesmo tempo, devem ser consideradas as armações menores como as mais adequadas. Assim, é melhor optar pelas redondas de metal, estilo Browline, com meio aro que possuem um formato semelhante às sobrancelhas, com um tom mais escuro na parte superior. Outras boas opções são as de formato oval e as coloridas.

ROSTO OVAL

Quem tem esse formato de rosto pode optar por qualquer armação, pois praticamente todos os modelos harmonizam, contanto que ele fique na altura das sobrancelhas. Os que mais combinam com as linhas ovais são os tipos redondos, gatinho, aviador e os óculos tipo Wayfarer.

ROSTO TRIANGULAR

As pessoas que têm o rosto triangular devem optar por óculos com armação grande e arredondada, pois esse formato dá impressão de que a pessoa tem um maxilar mais largo.

ROSTO DIAMANTE

Esse é um dos formatos de rosto mais raros que existem e é caracterizado por bochechas mais cheias e testa e queixo estreitos. A harmonização pode ser conseguida através de armações ovais e aro cheio em volta. Os modelos que melhor combinam são os de gatinhos, retangulares, ovais de metal e meio aro de metal escuro.

5. VERIFIQUE A NECESSIDADE DE FUNCIONALIDADES ESPECÍFICAS

Além das características essenciais para a correção dos distúrbios da visão, as lentes podem proporcionar outras funcionalidades, opcionais ou não.

ANTIRREFLEXO

O tratamento antirreflexo evita os incômodos dos reflexos da luz, em especial do sol.

ANTIABRASIVA

Esse é um aspecto que reduz a incidência de riscos na lente, sendo importante principalmente para pessoas descuidadas e crianças.

ANTIESTÁTICA

A propriedade antiestática aplicada às lentes impede que a poeira se acumule sobre elas.

HIDRORREPELENTE

Lentes hidrorrepelentes evitam a deposição de líquidos sobre elas e facilitam muito sua limpeza.

LIPORREPELENTE

Lentes com essa funcionalidade sujam menos. Essa propriedade evita as manchas de gordura da pele durante o manuseio, quando se toca na lente.

PROTEÇÃO UV

A proteção contra raios ultravioleta (UV) do sol é obrigatória nas lentes de óculos. Essa é uma das razões para se operar apenas com produtos e fornecedores confiáveis.

6. ATENTE-SE PARA A IMPORTÂNCIA DE PROTEÇÃO CONTRA LUZ AZUL DE TELAS EM APARELHOS ELETRÔNICOS

Há dois tipos de luz azul: a turquesa, que é benéfica, e a luz azul violeta, que é prejudicial para os olhos. Esse tipo de luz se encontra nos aparelhos eletrônicos que usamos diariamente, como celular, computador, dentre outros. Além de prejudicar a visão, ela também bloqueia a produção do hormônio melatonina, responsável pela indução do sono.

Por isso é muito importante utilizar óculos com filtro de luz azul, mesmo para as pessoas que não precisam de alguma correção de grau. A exposição prolongada a esse tipo de luz causa visão embaçada, fadiga ocular e dores de cabeça.

As lentes Blue Light, como são conhecidas, proporcionam proteção UV400, antirreflexo digital e tratamento antirriscos. Além de proporcionar excelente nitidez, elas oferecem os seguintes benefícios:

  • aumenta a produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação do sono;
  • diminui ou até mesmo elimina as dores de cabeça;
  • ajuda a evitar a síndrome do olho seco;
  • melhora a qualidade do sono;
  • previne a catarata e a degeneração macular;
  • reduz a fadiga ocular.

Como vimos, diversos aspectos precisam ser observados para escolher os óculos de grau adequados para cada tipo de necessidade visual. Além das especificações oftalmológicas, também é importante considerar como o modelo da armação pode harmonizar com as linhas do rosto e o conforto que ele proporciona, conforme as dicas que comentamos para saber escolher melhor.



quinta-feira, 27 de maio de 2021

Como COVID-19 afeta os olhos

 





Como COVID-19 afeta os olhos: pesquisas recentes e atualizações para profissionais de saúde

 

Como os novos dados divulgados a cada dia demonstram, o coronavírus (COVID-19) tem efeito em todo o corpo humano. Este artigo descreve o que sabemos hoje nas pesquisas sobre o efeito do COVID-19 nos olhos e o que devemos procurar nesses pacientes. 

Causado pelo vírus SARS-CoV-2, todos sabemos que o COVID-19 é uma crise de saúde global que se espalhou rapidamente pelo mundo se caracterizando como pandemia. Até o momento da redação deste artigo, havia 103 milhões de casos em todo o mundo com 9.2M casos no Brasil, de acordo com os dados disponibilizados pelo Google. Esse vírus surgiu em Wuhan, China, e o primeiro médico a reconhecê-lo foi o Dr. Li Wenliang, um oftalmologista, que alertou seus colegas quando encontrou vários casos de pneumonia semelhante à síndrome respiratória aguda grave (SARS) em seu hospital.1Infelizmente, o Dr. Li mais tarde contraiu esse vírus de um paciente de glaucoma infectado, mas assintomático, e faleceu da doença. As doenças infecciosas costumam se apresentar com sintomas oculares, e os profissionais de saúde ocular devem estar preparados para reconhecer esses sinais quando eles se apresentarem em seus consultórios.

Como a pandemia continua em todo o mundo, colocaremos os pacientes que se recuperaram desta doença e é importante reconhecermos como esse vírus afetou seus olhos. Além disso, devemos estar preparados para reconhecer quaisquer sinais do vírus em pacientes assintomáticos atualmente infectados, tanto para nos proteger de contrair o vírus quanto para alertar esses pacientes. Vejamos todos os lugares em nossos olhos onde este vírus está mostrando seu efeito.

O olho vermelho básico. 

Este é o sintoma ocular mais conhecido da COVID-19. Existem vários relatos de congestão conjuntival e conjuntivite sendo o primeiro sintoma em pacientes infectados com SARS-CoV-2, e até mesmo as secreções oculares desses pacientes continham o vírus.1 Esses pacientes com conjuntivite podem apresentar-se à clínica com dor de cabeça, febre, calafrios ou tosse, que pode ser um sinal de alerta para o médico. Assim, os profissionais da saúde ocular podem ser os primeiros na fila para avaliar e alertar o paciente potencialmente infectado com o vírus.

Se o vírus estiver presente nas secreções oculares, isso significa que também pode ser transmitido pela superfície ocular. Existem relatos de transmissão por contato de aerossol com a conjuntiva se não houver proteção para os olhos.2 Devido à proximidade entre o paciente e o profissional durante o exame com lâmpada de fenda, isso pode representar um risco direto de transmissão. É altamente recomendável que esses profissionais tenham algum tipo de proteção para os olhos (protetor facial ou óculos de segurança) além da máscara N95 para reduzir as chances de infecção transconjuntival por aerossol.

Coronavírus na córnea

Sabemos que o tecido conjuntival e suas secreções contêm coronavírus em pacientes positivos, mas esse vírus penetra mais na superfície ocular ou através da córnea?

Um estudo avaliou a prevalência do vírus SARS-CoV-2 em tecidos oculares humanos post-mortem e mostrou uma prevalência pequena, mas notável, de SARS-CoV-2 em tecidos oculares de doadores COVID-19.3 No estudo, foram avaliados 19 tecidos oculares de doadores positivos e, deles, três suabes conjuntivais, uma córnea anterior, cinco córneas posteriores e três esfregaços vítreos testaram positivo para RNA de SARS-CoV-2.3 O estudo não mostrou se a transferência de infecção era possível durante o transplante de córnea com tecido de um doador infectado.

Embora a prevalência nos tecidos oculares seja pequena, isso levanta questões sobre a rota de transmissão do vírus através dos tecidos oculares. A principal via de infiltração do SARS-CoV-2 é conhecida por ser através das gotículas respiratórias, mas uma via não respiratória de transmissão ainda não poderia ser ignorada.3 Não estava claro se o RNA do vírus chegou lá devido à infecção ocular inicial ou retrógrado transferência do ducto nasolacrimal.3 O estudo está novamente nos lembrando sobre a necessidade de proteção para os olhos durante os exames oftalmológicos.

O efeito na retina

Devido à novidade do vírus, poucos estudos analisaram as complicações retinianas causadas por esta doença. Muitos dos pacientes que se recuperaram da condição começaram a ir ao oftalmologista para fazer exames regulares, e complicações retinianas ou alterações de OCT começaram a aparecer nesses pacientes.

Um estudo recente analisou os resultados da retina em pacientes hospitalizados. O exame de fundo de olho dilatado foi realizado em pacientes internados por COVID-19 e as lesões vasculares retinianas, como hemorragias em forma de chama e manchas algodonosas, foram os principais achados. Um paciente tinha palidez setorial retiniana sugestiva de isquemia retiniana recente.4 O estudo foi o primeiro desse tipo, tornando difícil distinguir a correlação direta entre o dano tecidual devido a SARS-CoV-2 ou complicações trombóticas.4

Um segundo estudo examinou mais detalhadamente a angiografia de OCT de pacientes que se recuperaram do COVID-19. O curso de COVID-19 foi leve nesses pacientes e muito poucos deles necessitaram de hospitalização. No estudo, a densidade de vasos (VD) do plexo capilar retinal superficial (SCP) e profundo (DCP) e a área da zona avascular foveal (FAZ) foram medidos em pacientes recuperados com COVID-19 versus controles de mesma idade.5 O VD em SCP e DCP foram significativamente reduzidos nas regiões foveal e parafoveal e FAZ também foi maior, mas não significativamente nesses pacientes.5 Esses pacientes podem estar em risco de complicações vasculares retinais.5

Os efeitos do COVID-19 na retina ainda podem exigir mais pesquisas, mas os fechamentos e bloqueios devido à pandemia mudaram as características dos descolamentos de retina na primeira apresentação. Há um relato de um aumento significativo no número de RDs apresentando descolamento macular, VA basal deficiente e áreas maiores de retina descolada entre maio e setembro de 2020.6 Os motivos observados incluem pacientes evitando ir ao postinho devido ao medo de COVID-19, como muitos não tinham certeza se as clínicas oftalmológicas estavam abertas ou não e alguns não conseguiam entender a urgência de seus sintomas.6 A educação do paciente em relação aos sinais e sintomas de descolamento de retina em sua consulta inicial para um exame oftalmológico geral pode ajudar a salvar sua visão no futuro .

Manifestações neuro-oftalmológicas de COVID-19

As capacidades neuroinvasiva e neurotrófica do coronavírus também foram propostas, mas suas vias não são bem compreendidas. Esses estudos relataram o envolvimento do vírus no SNC levando à síndrome semelhante à encefalite aguda, encefalomielite disseminada aguda e esclerose múltipla.7 Esses relatos sobre manifestações neurológicas de COVID-19 têm aumentado diariamente e incluem tontura, dor de cabeça, convulsões, alterações no estado mental, ataxia, doença cerebrovascular aguda, vasculite do SNC, síndrome de encefalopatia reversível posterior, mielite necrosante aguda, encefalite e comprometimento do paladar e do olfato.

Dor de cabeça foi o principal sintoma do vírus, enquanto diplopia e oftalmoparesia também foram observadas em dois casos. Houve também outro caso de paralisia do nervo facial com reflexo de piscar não responsivo.7 Por último, a neurite óptica também foi observada com um modelo de coronavírus animal, mas sem dados no modelo humano.7 A pesquisa apresentou uma ampla variedade de manifestações neurológicas do coronavírus, mas o estudo teve algumas limitações. O exame ocular e neurológico em pacientes COVID-19-positivos foram prejudicados devido a questões de segurança, limitando uma melhor compreensão de qualquer associação.7

Conclusão

Este artigo prova que os profissionais de saúde ocular são os primeiros na fila para encontrar um paciente positivo, além de serem os primeiros a ver os sintomas do coronavírus e alertar o paciente. Isso implica em trabalhar com o melhor equipamento de proteção individual para proteger a nós mesmos, nossa equipe e outros pacientes. As clínicas devem rastrear a febre e um questionário COVID no ponto de entrada e por telefone antes de marcar uma consulta. Pacientes com olhos vermelhos devem ser selecionados e avaliados em uma sala separada com equipe e profissional equipado com equipamento de proteção individual completo.2

A maioria dos estudos sobre a associação do coronavírus à saúde ocular são os primeiros desse tipo e apresentam dados iniciais. Todos esses estudos tiveram limitações semelhantes, como amostras pequenas, falta de dados e outros fatores de confusão, como comorbidades que poderiam ter distorcido os resultados. Essas limitações tendem a melhorar à medida que novos estudos são feitos, com casos crescentes em todo o mundo, mas também aumentando as recuperações. À medida que mais dados e estudos são apresentados, os profissionais de saúde ocular também terão um melhor entendimento da avaliação dos olhos dos pacientes após a recuperação do COVID-19.

Referências

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Khanna, R. C., & Honavar, S. G. (2020). Todos os olhos voltados para o Coronavírus – o que precisamos saber como oftalmologistas. Jornal indiano de oftalmologia, 68 (4), 549.

Sawant, O. B., Singh, S., Wright III, R. E., Jones, K. M., Titus, M. S., Dennis, E., … & Mian, S. I. (2020). Prevalência de SARS-CoV-2 em tecidos oculares humanos post-mortem. A superfície ocular.

Pereira, L. A., Soares, L. C. M., Nascimento, P. A., Cirillo, L. R. N., Sakuma, H. T., da Veiga, G. L., … & Abucham-Neto, J. Z. (2020). Achados retinianos em pacientes hospitalizados com COVID-19 grave. British Journal of Ophthalmology.

Abrishami, M., Emamverdian, Z., Shoeibi, N., Omidtabrizi, A., Daneshvar, R., Rezvani, T. S., … & Sarraf, D. (2020). Análise de angiografia por tomografia de coerência óptica da retina em pacientes recuperados do COVID-19: um estudo caso-controle. Canadian Journal of Ophthalmology.

Arjmand, P., Murtaza, F., Eshtiaghi, A., Popovic, M. M., Kertes, P. J., & Eng, K. T. (2020). O impacto da pandemia do COVID-19 nas características dos descolamentos de retina: a experiência canadense: características dos descolamentos de retina durante o COVID-19. Canadian Journal of Ophthalmology.

Luís, M. E., Hipólito-Fernandes, D., Mota, C., Maleita, D., Xavier, C., Maio, T., … & Ferreira, J. T. (2020). A Review of Neuro-Ophthalmological Manifestations of Human Coronavirus Infection. Olho e cérebro, 12, 129.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Como melhorar a imunidade e evitar que doenças oculares relacionadas à queda da imunidade possam comprometer sua visão.

Como melhorar a imunidade e evitar que doenças oculares relacionadas à queda da imunidade possam comprometer sua visão.

Confira 5 dicas simples e práticas para melhorar a sua imunidade. São pequenas mudanças, mas que podem ter resultados surpreendentes na sua saúde.

Alimentação equilibrada

Em primeiro lugar, cuide da sua alimentação. Ela é responsável em garantir mais energia e auxiliar no aumento da imunidade.

Mantenha um cardápio variado e balanceado — se preferir, com a ajuda de um nutricionista/ nutrólogo.

No geral, entre as substâncias mais recomendadas para fortalecer o sistema imunológico, estão:

  • Ômega-3: sardinha, salmão, arenque, atum, sementes de chia, nozes e linhaça;
  • Selênio: castanha do pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol, frango, pão de forma, queijo, repolho e farinha de trigo;
  • Zinco: ostras, camarão, carne de vaca, frango, peru e peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais e frutos secos (castanha, amendoim e castanha do Pará);
  • Vitamina C: laranja, tangerina, abacaxi, limão, morango, melão, mamão, manga, kiwi, brócolis, tomate, melancia e batata com casca;
  • Vitamina E: sementes de girassol, avelã, amendoim, amêndoas, pistache, manga, azeite de oliva, molho de tomate, azeite de girassol, nozes e mamão;
  • Vitamina A: cenoura, batata doce, manga, espinafre, melão, acelga, pimentão vermelho, brócolis, alface e ovo;
  • Probióticos: iogurte natural, leite fermentado tipo kefir ou Yakult para manter a saúde intestinal.

Pratique exercícios para melhorar a imunidade

Manter-se ativo é essencial. Escolha seus exercícios e atividades físicas preferidas, pode ser na academia, parque ou, até mesmo, em casa. A prática regular de exercícios libera hormônios que auxiliam no bem-estar e equilíbrio da imunidade.

Mantenha o intestino regulado

O intestino é um dos grandes responsáveis pela imunidade. É nele que absorvemos a maior parte dos nutrientes que consumimos ao longo do dia. Então, quando ele funciona bem, conseguimos aproveitá-los melhor.

Sendo assim, capriche na ingestão de fibras – presentes em alimentos integrais, frutas, legumes e verduras – e alimentos prebióticos, como banana verde, batata doce, batata yacon e brócolis.

Beba água de maneira adequada.

Não espere sentir sede para beber água: a ingestão de líquidos retira o excesso de impurezas do organismo e ajuda a prevenir doenças. Além disso, se você costuma praticar exercícios físicos, é muito importante redobrar os cuidados com a hidratação, já que a perda de líquidos é ainda mais intensa nesses casos.

A quantidade de consumo de água por dia pode variar, a depender de fatores como a idade e o peso de cada pessoa, bem como o clima e a temperatura de onde ela vive.

Relaxe

Assim como o sono e a alimentação inadequados, o estresse excessivo também pode ser um dos principais responsáveis pela baixa imunidade. Isso porque as tensões do trabalho ou até mesmo do dia a dia podem impedir que as células do seu corpo funcionem adequadamente, dando espaço para o surgimento de doenças. O estresse faz com que nosso nível de cortisol aumente e isso pode prejudicar a imunidade.

Assim, mesmo que pareça difícil fugir do estresse cotidiano, procure sempre investir em atividades que te fazem bem. Seja um exercício físico, música, leitura, meditação…   O importante é distrair a mente!

Tenha uma boa noite de sono

Por fim, durma bem. Dormir adequadamente não pode ser considerado um luxo. Isso porque a privação do sono pode ser um dos principais fatores que causam a imunidade baixa. 

O corpo humano precisa do período correto de descanso para repor as energias. Por isso, dê mais importância para a qualidade do seu sono: lembre-se que o recomendado é cerca de 6 a 8 horas por noite.Para isso, evite refeições pesadas de uma a duas horas antes de deitar e exposição a luzes de 30 minutos a uma hora antes de ir dormir (nada de TV ou celular).

Tomar um chá de melissa, mulungu, camomila ou erva-cidreira, por exemplo, também pode ajudar a relaxar o corpo e prepará-lo para o sono.