A origem dos óculos de sol
Incrivelmente, o primeiro utensílio acoplado em frente aos olhos para protegê-los dos raios do sol remonta à pré-história.
Eram feitos de madeira, osso ou marfim e nem sequer usavam vidros
(lógico), mas ainda assim são consideradas os primeiras óculos de sol
usado pelo homem. Simples e funcionais, sua invenção é devida ao talento
de um povo que sobrevive a um dos climas mais extremos do planeta: os Esquimós.
Antes
de falar vou esclarecer que usei o termo "esquimó" para que pudesse ser
rapidamente identificado por todo mundo, mas dias atrás fiquei sabendo
que a maioria deles não gostam nem um pouquinho deste termo por ser
considerado depreciativo. Quando sabemos o significado original da
palavra esquimó -devorador de carne crua-, podemos entender o porquê desta rejeição. Eles preferem ser chamados de Inuit, que significa Povo ou Inut que seria o singular e que significa Pessoa.
Pois os Inuit tinham um sério problema que afetava-os com frequência: a Cegueira das Neves.
O clima Ártico é um ótimo local para sofrer desta doença: atmosfera
clara, alto grau de radiação ultravioleta e o grande poder refletor da
neve facilita a chegada direta dos raios do sol aos olhos.
Mas como todos sabemos, a necessidade aguça a criatividade e toscos anteolhos feitos com tiras de pele de baleia ou tendões de animais
com pequenas fendas que permitiam ver, mas que filtravam grande parte
da luminosidade ambiental, foram suficientes para superar de um modo
bastante eficiente um importante obstáculo de sobrevivência.
Óculos de marfim
Óculos de chifre de caribu.
Alguns têm mais de 2.000 anos de antiguidade.
Atualmente, a maioria dos Inuit usam modernos óculos de neve.
Mas
asseguram que seu antigo modelo tem algumas vantagens sobre as modernas.
Exemplo, por não serem feitos com cristal, nem embaçam e tampouco
congelam.
Modelo de óculos para a neve que eram usados pelos exploradores europeus. A maioria acabariam adotando o modelo Inuit.
Ademais,
o princípio dos óculos Inuit é ensinado em cursos de sobrevivência,
caso se vejam imersos em um clima propenso a provocar cegueira das
neves, não seria complicado fabricar o modelo com o uso de papelão,
plástico ou qualquer outro material.
Inclusive
a NASA estudou estes óculos Inuit e desenvolveu fórmulas para saber
quantos milímetros de abertura para os olhos devem ter levando em conta a
luminosidade existente, a distância, etc.
Todas estas informações acima podem ser conferidadas no site Metamorfose Digital.
Existe também a história que conta a origem dos óculos escuros com lentes de vidro. Veja:
A primeira
lente escura conhecida foi uma lâmina verde usada pelo imperador Nero,
no século I. Segundo Miguel Giannini, do Museu dos Óculos Gioconda
Giannini, a lente de Nero era provavelmente de vidro.
O primeiro
par de óculos com lentes escuras e armação surgiu na Alemanha, no século
XIII, ainda pesado e desconfortável. Foram os franceses, no século
seguinte, que introduziram um novo design e o nome de pince-nez (pinça
de nariz), porque ficava preso na ponta do nariz. O modelo com duas
hastes laterais, como os atuais, surgiu apenas no século XVII e, até
o século XX, era feito sempre com lentes verdes. Na década de 60, esse
cristal, pesado, foi substituído pelo acrílico e pelo policarbonato. As
lentes coloridas tornaram-se moda na década de 70.
Um óculos de
sol de boa qualidade deve bloquear os raios UVA, UVB e UVC, que podem
atingir os olhos, favorecendo o surgimento de lesões ou doenças
oculares, como a catarata e o envelhecimento prematuro. Um óculos de sol
de má qualidade pode causar o efeito inverso, não protegendo contra os
raios ultravioleta e ainda dilatando as pupilas, fazendo com que a
exposição aos raios solares seja ainda maior