Centro Visual em processo de implementação de prontuário eletrônico certificado pela SBIS.
Informe-se um pouco mais sobre prontuário eletrônico:
Marcelo Lúcio da Silva, Gerente Executivo e de Certificação da
Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), iniciou uma de suas
recentes palestras sobre Prontuário Eletrônico do Paciente mostrando,
no power point, uma fotografia da fachada de um hospital em
1935, com vários calhambeques na frente e, em seguida, a fachada do
mesmo hospital na época atual, completamente modernizada e com um
helicóptero para o transporte de doentes. Na sequência, mostrou o slide
dos leitos hospitalares como eram em 1935 e como são agora: quantos
aperfeiçoamentos para beneficiar o paciente podem ser vistos nas
imagens. Depois, foi a vez das fotos da sala de cirurgia em 1935, onde o
aparelho mais sofisticado era o ajustador manual da altura da mesa
cirúrgica, e atual, na qual podem ser vistos vários monitores de vídeo e
de computador. Por fim, mostrou o slide da sala dos prontuários médicos
em 1935, uma maçaroca de pastas e papéis socados num arquivo vertical, e
a sala dos prontuários médicos hoje: a mesma maçaroca de pastas e
papéis socados num arquivo vertical, onde a única mudança é que a foto
está em cores.
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) não é propriamente uma
novidade. A SBIS foi fundada em 1986. Em 2002 foi assinado convênio do
Conselho Federal de Medicina (CFM) com a SBIS para certificação de
softwares capazes de garantir a segurança, a integridade da informação,
privacidade e confidencialidade dos PEP. Em 2008 iniciou-se o processo
de auditoria dos softwares e em 2009 o primeiro sistema foi certificado.
Até outubro de 2013 o sistema SBIS/CFM tinha 15 programas certificados,
em dois níveis de segurança, quando lançou um novo Manual de
Certificação. Nesse meio-tempo, centenas de consultórios, clínicas e
hospitais desenvolveram, compraram ou adaptaram sistemas de
informatização de vários níveis de complexidade e interatividade.
A razão do pessimismo do executivo, entretanto, pôde ser confirmada
no último congresso da Sociedade Brasileira de Administração em
Oftalmologia (SBAO), ocorrido no início de abril último, quando uma
pesquisa realizada entre os congressistas (sem os requisitos científicos
exigidos para o estabelecimento de uma verdade estatística, é certo)
revelou que quase 40% dos presentes, a princípio pessoas interessadas em
racionalizar ao máximo a administração de consultórios, clínicas e
hospitais, não usavam prontuário eletrônico ou usavam sistemas híbridos,
onde o computador e os registros eletrônicos convivem com o papel, que
continua soberano.
“Entendo as resistências dos colegas, embora não concorde. O processo
de implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente é longo e depois de
implantado requer atualização permanente, exige aprendizado e
participação de todos os integrantes da equipe e tem repercussões em
vários níveis e nas relações da empresa com o mundo exterior. Ninguém
tem dúvida de que o PEP é o futuro, mas o processo é necessariamente
complexo e tem uma série de implicações sobre as quais os médicos e
administradores não estão suficientemente informados”, declara Paulo
Sérgio Tavares Souza, médico oftalmologista diretor da Clínica
Oftalmológica Eye Corp, de São Paulo (SP) e entusiasta da informatização
completa de clínicas.
Fonte; Revista Universo Visual
OBS: Drs. Valter Justa e Telma Justa estiveram presentes nesta palestra
durante o Congresso Brasileiro de Administração em Oftalmologia,