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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Prontuário Eletrônico

Centro Visual em processo de implementação de prontuário eletrônico certificado pela SBIS.

Informe-se um pouco mais sobre prontuário eletrônico:

Marcelo Lúcio da Silva, Gerente Executivo e de Certificação da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), iniciou uma de suas recentes palestras sobre Prontuário Eletrônico do Paciente mostrando, no power point, uma fotografia da fachada de um hospital em 1935, com vários calhambeques na frente e, em seguida, a fachada do mesmo hospital na época atual, completamente modernizada e com um helicóptero para o transporte de doentes. Na sequência, mostrou o slide dos leitos hospitalares como eram em 1935 e como são agora: quantos aperfeiçoamentos para beneficiar o paciente podem ser vistos nas imagens. Depois, foi a vez das fotos da sala de cirurgia em 1935, onde o aparelho mais sofisticado era o ajustador manual da altura da mesa cirúrgica, e atual, na qual podem ser vistos vários monitores de vídeo e de computador. Por fim, mostrou o slide da sala dos prontuários médicos em 1935, uma maçaroca de pastas e papéis socados num arquivo vertical, e a sala dos prontuários médicos hoje: a mesma maçaroca de pastas e papéis socados num arquivo vertical, onde a única mudança é que a foto está em cores.
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) não é propriamente uma novidade. A SBIS foi fundada em 1986. Em 2002 foi assinado convênio do Conselho Federal de Medicina (CFM) com a SBIS para certificação de softwares capazes de garantir a segurança, a integridade da informação, privacidade e confidencialidade dos PEP. Em 2008 iniciou-se o processo de auditoria dos softwares e em 2009 o primeiro sistema foi certificado. Até outubro de 2013 o sistema SBIS/CFM tinha 15 programas certificados, em dois níveis de segurança, quando lançou um novo Manual de Certificação. Nesse meio-tempo, centenas de consultórios, clínicas e hospitais desenvolveram, compraram ou adaptaram sistemas de informatização de vários níveis de complexidade e interatividade.
A razão do pessimismo do executivo, entretanto, pôde ser confirmada no último congresso da Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia (SBAO), ocorrido no início de abril último, quando uma pesquisa realizada entre os congressistas (sem os requisitos científicos exigidos para o estabelecimento de uma verdade estatística, é certo) revelou que quase 40% dos presentes, a princípio pessoas interessadas em racionalizar ao máximo a administração de consultórios, clínicas e hospitais, não usavam prontuário eletrônico ou usavam sistemas híbridos, onde o computador e os registros eletrônicos convivem com o papel, que continua soberano.
“Entendo as resistências dos colegas, embora não concorde. O processo de implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente é longo e depois de implantado requer atualização permanente, exige aprendizado e participação de todos os integrantes da equipe e tem repercussões em vários níveis e nas relações da empresa com o mundo exterior. Ninguém tem dúvida de que o PEP é o futuro, mas o processo é necessariamente complexo e tem uma série de implicações sobre as quais os médicos e administradores não estão suficientemente informados”, declara Paulo Sérgio Tavares Souza, médico oftalmologista diretor da Clínica Oftalmológica Eye Corp, de São Paulo (SP) e entusiasta da informatização completa de clínicas.

Fonte; Revista Universo Visual
OBS: Drs. Valter Justa e Telma Justa estiveram presentes nesta palestra durante o Congresso Brasileiro de Administração em Oftalmologia,