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terça-feira, 3 de abril de 2018

A IMPORTÂNCIA DOS COLÍRIOS NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA

A IMPORTÂNCIA DOS COLÍRIOS NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA

A importância dos colírios no tratamento do glaucoma


O glaucoma é uma doença que, por ser silenciosa e levar a danos irreversíveis na visão requer comprometimento do paciente com o tratamento.1-2 Trata-se de uma doença crônica que deve receber acompanhamento e tratamento prolongados, condições que podem prevenir a cegueira. No entanto, a adesão de pacientes ao tratamento do glaucoma tem sido um grande desafio nos dias atuais. Os principais fatores relacionados a não-adesão ao tratamento do glaucoma são a falta de informação sobre a doença, a dificuldade de comunicação com o médico, dificuldades na administração dos medicamentos, o esquecimento, a falta de recursos financeiros e a baixa regularidade de visitas ao oftalmologista.3-6
Entre estes fatores, o uso incorreto do colírio é considerado uma das mais importantes causas da falta de adesão do paciente ao tratamento médico proposto.7,8 Um estudo publicado no Journal of Glaucoma revelou que 9 em cada 10 pacientes com glaucoma não foram capazes de administrar corretamente o colírio. Alguns deles deixavam o medicamento escorrer pela a face, outros fechavam os olhos após a aplicação e outros até chegaram a encostar o frasco do medicamento no globo ocular. Apenas 8,57% dos pacientes foram capazes de fazer a instilação correta do colírio.8
O uso incorreto do colírio é responsável por agravar a doença em 65% dos pacientes (45% por descontinuidade do uso de colírio e 20% por interrupção da medicação) que estão em tratamento para glaucoma no Brasil.9 Portanto, é de extrema importância a manutenção e o reforço das orientações médicas durante todo o tratamento, pois assim como outras doenças crônicas, o glaucoma não tem cura, mas é passível de controle, garantindo a qualidade de vida do paciente. Se você tem dúvidas quanto ao uso de colírios, não deixe de procurar seu oftalmologista.
Veja a seguir como pingar o colírio corretamente!

Referências
1. American Glaucoma Society. Position statement on glaucoma eye drop availability. Disponível em: http://www.americanglaucomasociety.net/patients/position_statements/glaucoma_eye_drop_availability Acesso em novembro de 2016. 
2. The Glaucoma Foundation. Treating glaucoma. Disponível em: http://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm Acesso em novembro de 2016. 
3. Clinical Ophthalmology. Success of patient training in improving proficiency of eyedrop administration among various ophthalmic patient populations. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4986914/pdf/opth-10-1505.pdf Acesso em novembro de 2016. 
4. Journal of Glaucoma. Determinants of medication adherence to topical glaucoma therapy. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3183317/pdf/nihms301302.pdf Acesso em novembro de 2016. 
5. Revista Brasileira de Oftalmologia. Dificuldades no cotidiano dos pacientes com glaucoma avançado – avaliação objetiva com registro em vídeo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802015000300164 Acesso em novembro de 2016. 
6. Revista Brasileira de Oftalmologia. Study of the factors related to stop the treatment of glaucoma. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802011000600007 Acesso em novembro de 2016. 
7. Archives of Ophthalmology. Impact of a health communication intervention to improve glaucoma treatment adherence. Results of the interactive study to increase glaucoma adherence to treatment trial. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22688429 Acesso em novembro de 2016. 
8. Journal of Glaucoma. Evaluating eye drop instillation technique in glaucoma patients. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21336146 Acesso em novembro de 2016. 
9. Glaukos, Oftalmologia geral e especializada em catarata e glaucoma. HYPERLINK “http://glaukos.com.br/2013/10/1029/” Baixa adesão ao tratamento do glaucoma pode levar à cegueira. Disponível em: http://glaukos.com.br/2013/10/1029/ Acesso em novembro de 2016.